Rio de Janeiro, 05 de Novembro de 2024

Países concordam em eliminar gradualmente gases HFC

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Sábado, 15 de Outubro de 2016 às 08:30, por: CdB

Nas negociações sobre uma proibição dos hidrofluorcarbonetos (HFCs) em Kigali, capital de Ruanda, representantes de quase 200 nações chegam a acordo histórico para eliminação progressiva do gás do efeito estufa

Por Redação, com DW - de Kigali:

 

Representantes de quase 200 países chegaram neste sábado a um acordo para a eliminação gradual dos hidrofluorcarbonetos (HFCs), gases que se encontram em aparelhos de ar-condicionado, refrigeradores, espumas e aerossóis e que têm um forte impacto sobre o efeito estufa e o aquecimento global.

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Reunião em Kigali durou uma semana

O acordo, adotado em Kigali, capital de Ruanda, após uma semana de negociações e uma reunião que durou toda a noite. Complementou o Protocolo de Montreal, assinado em 1987 e que visa preservar a camada de ozônio.

Em Montreal foi acordada a proibição de clorofluorcarbonetos (CFCs). Que foram substituídos pelos HFCs, gases que, embora não prejudiquem a camada de ozônio. Mas que contribuem significativamente para o aquecimento global.

O acordo de Ruanda poderá evitar um aquecimento de 0,5°C neste século. "Não é frequente ter a oportunidade de conseguir uma redução de 0,5°C, através da adoção de um único acordo global", reconheceu o secretário de Estado americano, John Kerry, após a aprovação da emenda que modifica o protocolo.

Pior que CO2

Já antes da conferência em Kigali, diversos Estados haviam se comprometido em reduzir o uso de HFCs, gases que são altamente prejudiciais para o clima. Reunidos em Viena, no final de julho. Representantes de 25 países exigiram, em declaração conjunta, uma melhora do Protocolo de Montreal. Segundo tais nações, como gás do efeito estufa. O HFC é de 100 a mil vezes mais prejudicial do que o dióxido de carbono (CO2).

De acordo com o Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (Pnuma), esta emenda é "a maior contribuição mundial" aos acordos da cúpula do clima em Paris no ano passado. "No ano passado, em Paris, prometemos manter o mundo a salvo dos piores efeitos das mudanças climáticas. Estamos nos atendo a essa promessa", disse o diretor-executivo do Pnuma, Erik Solheim.

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