Rio de Janeiro, 18 de Dezembro de 2025

Papa reza na basílica de N.S. de Guadalupe após visita a áreas pobres do México

A violência e a corrupção crônicas serão temas de sua visita ao segundo país católico mais populoso do mundo, e ele falará sobre a multidão de imigrantes que tenta chegar aos EUA

Sábado, 13 de Fevereiro de 2016 às 15:51, por: CdB

A violência e a corrupção crônicas serão temas de sua visita ao segundo país católico mais populoso do mundo, e ele falará sobre a multidão de imigrantes que tenta chegar aos EUA

Por Redação, com agências internacionais - de Cidade do México
Da fronteira com os Estados Unidos ao sul indígena, o papa Francisco visitará algumas das mais pobres e violentas regiões do México em uma viagem que durará cinco dias. Ele celebrará uma missa neste sábado, diante da imagem da padroeira do país, a Virgem de Guadalupe.
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O papa Francisco visitou a capital mexicana e pregou contra a corrupção e a pobreza
A violência e a corrupção crônicas serão temas de sua visita ao segundo país católico mais populoso do mundo, e ele falará sobre a multidão de imigrantes que tenta chegar aos EUA com uma cerimônia no norte do país, a ser realizada na próxima semana. Centenas de milhares de pessoas devem se juntar para ver o papa na tarde deste sábado na Basílica de Nossa Senhora de Guadalupe, onde peregrinos de toda a América Latina se juntarão. "’Não temas’ é a mensagem que ela me passa", disse o papa antes de sua visita, acrescentando que deseja refletir silenciosamente diante da imagem da virgem. Neste mês, o papa pediu que os mexicanos lutem contra a corrupção e a violência entre gangues de tráfico de drogas.

Papa em Cuba

O papa Francisco e o patriarca Cirilo, da Igreja Ortodoxa Russa, reuniram-se, na véspera, no aeroporto de José Martí, nas proximidades de Havana, capital cubana. Os dois se abraçaram e se beijaram ao se encontrar. A primeira reunião entre líderes das duas Igrejas havia sido anunciada na semana passada. "Somos irmãos", disse o pontífice católico ao patriarca russo em espanhol, enquanto Cirilo disse a Francisco que "agora as coisas serão mais fáceis", segundo a agência de notícias Ansa. Depois de se abraçarem e trocarem algumas palavras na presença de jornalistas, os líderes religiosos seguiram para uma sala fechada. Após a reunião privada, que deve durar cerca de duas horas, os líderes trocaram presentes e fizeram pronunciamentos à imprensa. Assinaram, também, uma declaração entre as duas Igrejas, em italiano e em russo, embora o conteúdo do documento não tenha sido inteiramente divulgado. — Foi um encontro muito esperado tanto por mim como pelo meu irmão Cirilo — afirmou o papa a jornalistas. Ele aterrissou em Cuba por volta das 14h locais (17h no horário de Brasília). Antes de chegar à ilha, Francisco disse em seu perfil oficial no Twitter que o encontro com Cirilo era “um presente de Deus” e pediu que os fiéis rezem pelos dois.

Visita histórica

Segundo o patriarca, o encontro com o papa foi um sinal de esperança para toda a comunidade cristã. Cirilo, que inicia na ilha uma viagem de 11 dias pela América Latina, se reuniu mais cedo com o presidente de Cuba, Raúl Castro. — Os povos da Rússia e de Cuba estão unidos por muitos anos de relações de cooperação e amizade. E aqui eu terei uma oportunidade, ao conversar com as pessoas, de transmitir os bons votos do povo russo — declarou o patriarca à imprensa. Segundo agências de notícias russas, o patriarca disse a Raúl que o povo cubano “provou ter o direito de viver do jeito que acredita”. As duas vertentes do cristianismo se separaram oficialmente há quase 1.000 anos, no século 11, com o chamado Grande Cisma do Oriente. O encontro entre os líderes é apontado como uma reaproximação entre as duas Igrejas. Segundo o porta-voz do Vaticano, Federico Lombardi, Cuba foi escolhida como local do encontro por ser um “local neutro”, que se encaixava na agenda dos dois líderes. O Vaticano afirmou que a reunião possui uma “extraordinária importância”. O Ministério das Relações Exteriores cubano declarou que o país se sente honrado em ser o local do encontro entre os dois líderes religiosos.
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