Rio de Janeiro, 05 de Dezembro de 2025

PF barra grupo que levava brasileiros clandestinamente aos EUA

A Polícia Federal realiza operação contra quadrilha que enviava brasileiros clandestinamente aos EUA, com bloqueio de R$ 23 milhões em bens.

Sexta, 05 de Dezembro de 2025 às 11:56, por: CdB

Justiça Federal bloqueou bens que podem chegar a R$ 23 milhões. PF faz operação para cumprir mandados de prisão e de busca e apreensão em São Paulo e Minas Gerais.

Por Redação, com Agenda do Poder – de Brasília

A Polícia Federal desencadeou nesta sexta-feira uma operação para desarticular uma rede criminosa responsável por enviar ao menos 220 pessoas ilegalmente aos Estados Unidos mediante pagamento.

PF barra grupo que levava brasileiros clandestinamente aos EUA | PF faz ação de combate a quadrilha por envio ilegal de pessoas aos EUA
PF faz ação de combate a quadrilha por envio ilegal de pessoas aos EUA

Mais de R$ 23 milhões em bens e valores foram bloqueados por ordem da Justiça Federal, que também emitiu mandados de prisão e de busca e apreensão em endereços vinculados aos investigados. As ações ocorrem em Governador Valadares (MG), Itanhomi (MG) e em São Paulo.

As investigações começaram após uma denúncia à PF em Governador Valadares com informações sobre um morador de Itanhomi que estaria promovendo migração ilegal com o uso de rotas pela América Central e pela fronteira mexicana. Segundo o relato, o investigado também ameaçava parentes de vítimas no Brasil quando havia atraso de pagamento pelos serviços ilícitos praticados pela organização criminosa.

As investigações também indicavam que o contrabandista usava contas bancárias de sua ex-companheira para movimentar valores pagos pelas pessoas enviadas ilegalmente aos EUA. A mulher, que hoje mora em território norte-americano, dizia colaborar por temer por sua segurança e de sua família no Brasil diante das ameaças do seu ex.

Como funcionava o esquema

As investigações revelaram que o suspeito contava com uma rede estruturada de apoio para manter suas atividades criminosas. Nos EUA, “facilitadores” recebiam os migrantes, realizavam cobranças pelos valores supostamente devidos e repassavam quantias a “coiotes” responsáveis pela travessia na fronteira.

Outros integrantes da organização atuavam na logística de fornecimento de passagens aéreas, mesmo cientes do caráter clandestino das viagens.

Os investigados poderão responder pelos crimes de promoção de migração ilegal, ameaça, além de outros delitos que venham a ser identificados até a conclusão das investigações.

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