A Polícia Federal prendeu na manhã desta sexta-feira mais um envolvido na Máfia do Apito. O empresário Wanderlei Pololi foi preso em Piracicaba, interior de São paulo, acusado de envolvimento no esquema de manipulação de resultados de jogos de futebol.
Pololi foi citado no depoimento do árbitro Paulo José Danelon à Polícia Federal, na última quarta-feira, como a pessoa que apresentou Nagib Fayad, o 'Gibão', a Danelon, antes mesmo do esquema com Edílson Pereira de Carvalho.
Em depoimento na Polícia Federal em Piracicaba, nesta quinta-feira, Pololi tinha nedado todas as acusações feitas pelo árbitro Paulo José Danelon, mas nesta sexta-feira foi detido. Ele disse que jamais levou envelopes prontos para árbitros corruptos e que jamais cooptou juiz algum para esquema de fraudes. Segundo o árbitro, Vanderlei é quem teria convidado Edilson Pereira de Carvalho, pivô inicial do escândalo, a participar da fraude.
A Federação Paulista de Futebol comunicou na página inicial do site oficial que Wanderlei Pololi nunca fez parte do quadro de funcionários da entidade.
O presidente do STJD (Superior Tribunal de Justiça Desportiva), Luiz Zveiter, conseguiu carta branca dos auditores do órgão para decidir sobre o escândalo da arbitragem, que pode anular as 11 partidas apitadas por Edilson Pereira de Carvalho no Campeonato Brasileiro de 2005.
Zveiter tem participado de reuniões com seis auditores para tratar sobre como seria a decisão do tribunal e nesses encontros tem rcebido apoio dos auditores para decidir a questão.
- Ainda não sei a forma que vamos fazer. A lei é ampla e depende da medida a ser tomada. Mesmo assim, recebi o apoio por unanimidade dos meus pares para tomar uma decisão pelo órgão, se for o caso - disse Zveiter, que desde domingo está comandando a investigação sobre o tema.