– Aquilo o que aconteceu há dois dias nos céus da Síria contraria o bom senso e o direito internacional. O avião foi abatido sobre o território sírio. Apesar disso, até agora nós não ouvimos pedidos claros de desculpas por parte da cúpula política da Turquia, tampouco tivemos propostas de compensação dos danos causados ou promessas para punir os autores do crime cometido – disse o presidente russo durante uma cerimônia no Kremlin.
– Forma-se a impressão de que o governo turco conduz conscientemente as relações russo-turcas para um impasse, e nós lamentamos isso – disse o presidente russo.
Junto a isso, Putin destacou que quaisquer tentativas de justificar ou favorecer o terrorismo devem ser tratadas como cumplicidade como mesmo e lembrou que existe gente ganhando bilhões de dólares com a cooperação com o grupo terrorista "Estado Islâmico". – Os terroristas, o seu comércio ilegal de petróleo, pessoas, drogas, obras de arte, armas, não foram ou estão sendo apenas encobertos, mas alguém também continua ganhando dinheiro com isso, e ganhando centenas de milhões de dólares – disse Putin. O principal ainda não foi dito Especialistas acreditam que, antes de tudo, para sair desse impasse, algumas das coisas pautadas por Putin precisariam ser atendidas. Eles destacam, no entanto, que as palavras do presidente não devem ser tratadas em tom de exigências. – Quanto aos pedidos de desculpas, estes realmente não foram feitos, tal qual não foram anunciadas as propostas de compensar os prejuízos pela aeronave abatida e o piloto morto. Não acredito que isso possa ser tratado como uma formulação de exigências, apesar de o presidente ter dito antes que uma resposta simétrica seria dada – revelou à agência russa de notícias Sputnik Vladimir Sotnikov, pesquisador chefe do Centro de Segurança Internacional do Instituto de Economia Mundial e Relações Internacionais da Academia de Ciências da Rússia. Na sua opinião, exigências mais concretas ainda serão anunciadas por Kremlin. "O principal ainda não foi articulado por Putin", garante o especialista. Sotnikov acredita que as expectativas de Moscou deverão ser formuladas de modo com que "a Turquia deixe de fazer campanha para se fazer correta e pintar a Rússia de culpada".