Rebelião continua em Bangu 4

Ainda é tensa a situação da penitenciária Jonas Lopes de Carvalho, Bangu 4, na zona oeste do Rio de Janeiro, onde cerca de mil presos estão rebelados desde às 21h de ontem. Segundo a polícia, seis detentos estariam feridos e um deles pode estar morto. Familiares dos detentos afirmaram que 11 pessoas estão feridas dentro do complexo. Três agentes penitenciários estão sendo mantidos reféns e as negociações com os policiais militares do Bope (Batalhão de Operações Especiais) foram retomadas esta manhã, após uma interrupção durante a madrugada. O agente penitenciário Tales Costa Lima, que levou um tiro no peito, já recebeu alta do hospital. Os rebelados entregaram uma lista de reivindicações à polícia. Entre elas, estão alguns pedidos relacionados a direitos humanos. Os amotinados, liderados por um preso identificado apenas como Hermes, que seria um traficante de drogas da favela da Vigário Geral, estariam armados com pelo menos dois fuzis. Motim A rebelião começou por volta das 20h40 de ontem quando um grupo armado de 20 homens tentou entrar no presídio para resgatar alguns presos. Os guardas das torres desconfiaram da movimentação do grupo, que planejava explodir o muro. O tiroteio começou e o policiamento conseguiu conter a invasão. No momento do confronto, duas explosões ocorreram dentro da penitenciária, o que sugere que a ação foi planejada, de acordo com o coordenador de policiamento externo do Complexo Penitenciário de Bangu, major Daizer Corpas. O presídio foi cercado por policiais militares e da Core (Coordenadoria de Recursos Especiais), da Polícia Civil. Um helicóptero da CGOA (Coordenadoria Geral de Operações Aéreas) também está sendo utilizado no cerco. O major Daizer Corpas informou que o grupo planejava resgatar um traficante conhecido como Ney Sapo.