Rio de Janeiro, 19 de Dezembro de 2025

Reforma da Previdência: Ministério da Fazenda é ocupado por manifestantes

O Ministério da Fazenda em Brasília foi invadido nesta quarta-feira por centenas de manifestantes como parte do "Dia Nacional da Mobilização", contra as reformas da Previdência e trabalhista

Quarta, 15 de Março de 2017 às 07:50, por: CdB

O ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, é o grande condutor da reforma da Previdência dentro do governo, que prevê mudanças importantes na atual legislação

Por Redação, com Reuters - de Brasília/São Paulo:

O Ministério da Fazenda em Brasília foi ocupado nesta quarta-feira por centenas de manifestantes como parte do "Dia Nacional da Mobilização", contra as reformas da Previdência e trabalhista.

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O Ministério da Fazenda ainda não se manifestou sobre a invasão

Vidros do prédio foram quebrados com a invasão, ocorrida ainda de madrugada. Manifestações em várias cidades do país com o mesmo objetivo ocorreram nesta manhã. Com grande foco em São Paulo, onde parte do transporte público esteve paralisado.

O ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, é o grande condutor da reforma da Previdência dentro do governo. Que prevê mudanças importantes na atual legislação. Uma das mais criticadas pelos trabalhadores é o tempo de 49 anos para que alguém consiga se aposentar com o teto. Além da regra de transição.

No Congresso

Ainda nesta manhã, o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ) afirmou que os pedidos de abertura de inquérito entregues pelo procurador-geral da República, Rodrigo Janot, ao Supremo Tribunal Federal (STF) contra políticos não atrapalham o andamento dos trabalhos na Casa.

Segundo Maia, o calendário de tramitação da proposta de reforma da Previdência enviada pelo governo continua o mesmo. O procurador-geral da República encaminhou na terça-feira ao Supremo 83 pedidos de abertura de inquérito baseados nos acordos de delação premiada de 77 executivos da Odebrecht no âmbito da operação Lava Jato.

Ocupação

O Ministério da Fazenda ainda não se manifestou sobre a ocupação, organizada por movimentos sociais. Em nota, o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) não economizou nas críticas. Informou que a "perda de direitos e os retrocessos promovidos pelo governo (do presidente de facto Michel) Temer são os principais motivadores da ocupação, que tem sua centralidade na luta contra a reforma da Previdência".

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