Rio de Janeiro, 20 de Abril de 2025

Rússia está aberta ao diálogo com Ucrânia, diz Dmitry Peskov

A medida é uma tentativa de amenizar a repercussão negativa da saída da Rússia do acordo de exportação de grãos pelo Mar Negro.

Sexta, 28 de Julho de 2023 às 11:17, por: CdB

A medida é uma tentativa de amenizar a repercussão negativa da saída da Rússia do acordo de exportação de grãos pelo Mar Negro, que autorizava um corredor para escoar a produção de cereais ucranianos para exportação.


Por Redação, com ANSA - de Moscou


O porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, declarou nesta sexta-feira que a Rússia está aberta a dialogar sobre a guerra na Ucrânia, mas o governo de Volodymyr Zelensky se recusa.




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Porta-voz do governo russo diz que Ucrânia rejeita oportunidades

– O lado russo segue aberto, o mesmo não pode ser dito sobre o ucraniano. Os ucranianos se apegaram às suas posições irreconciliáveis. Estão agora em uma situação bastante desconfortável, mas ainda assim seguem rejeitando as oportunidades para o diálogo – disse ele, segundo à agência russa de notícias Tass.


O porta-voz também informou que o presidente russo, Vladimir Putin, fará um discurso ainda nesta sexta sobre a questão da Ucrânia, ao lado de representantes de países africanos que participam da cúpula Rússia-África em São Petesburgo.


Na quinta-feira, Putin prometeu que irá enviar gratuitamente, nos próximos quatro meses, entre 25 e 50 mil toneladas de grãos a seis países africanos: Burkina Faso, Mali, Somália, República Centro-Africana, Eritreia e Zimbábue.



Acordo de exportação de grãos


A medida é uma tentativa de amenizar a repercussão negativa da saída da Rússia do acordo de exportação de grãos pelo Mar Negro, que autorizava um corredor para escoar a produção de cereais ucranianos para exportação.


Após o anúncio, a Organização das Nações Unidas (ONU) afirmou que a doação não ameniza o risco de insegurança alimentar aumentado pelo fim do acordo.


– Ao retirar milhões e milhões de toneladas de grãos do mercado, os preços aumentarão. Não é com um punhado de doações a alguns países que o impacto dramático será corrigido – declarou o secretário-geral da ONU, António Guterres.






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