A medida é uma tentativa de amenizar a repercussão negativa da saída da Rússia do acordo de exportação de grãos pelo Mar Negro, que autorizava um corredor para escoar a produção de cereais ucranianos para exportação.
Por Redação, com ANSA - de Moscou
O porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, declarou nesta sexta-feira que a Rússia está aberta a dialogar sobre a guerra na Ucrânia, mas o governo de Volodymyr Zelensky se recusa.

– O lado russo segue aberto, o mesmo não pode ser dito sobre o ucraniano. Os ucranianos se apegaram às suas posições irreconciliáveis. Estão agora em uma situação bastante desconfortável, mas ainda assim seguem rejeitando as oportunidades para o diálogo – disse ele, segundo à agência russa de notícias Tass.
O porta-voz também informou que o presidente russo, Vladimir Putin, fará um discurso ainda nesta sexta sobre a questão da Ucrânia, ao lado de representantes de países africanos que participam da cúpula Rússia-África em São Petesburgo.
Na quinta-feira, Putin prometeu que irá enviar gratuitamente, nos próximos quatro meses, entre 25 e 50 mil toneladas de grãos a seis países africanos: Burkina Faso, Mali, Somália, República Centro-Africana, Eritreia e Zimbábue.
Acordo de exportação de grãos
A medida é uma tentativa de amenizar a repercussão negativa da saída da Rússia do acordo de exportação de grãos pelo Mar Negro, que autorizava um corredor para escoar a produção de cereais ucranianos para exportação.
Após o anúncio, a Organização das Nações Unidas (ONU) afirmou que a doação não ameniza o risco de insegurança alimentar aumentado pelo fim do acordo.
– Ao retirar milhões e milhões de toneladas de grãos do mercado, os preços aumentarão. Não é com um punhado de doações a alguns países que o impacto dramático será corrigido – declarou o secretário-geral da ONU, António Guterres.