Rio de Janeiro, 19 de Dezembro de 2025

Skol muda anúncio após desgaste em campanha 'pró-estupro'

Após ser acusada de fazer apologia ao estupro, a Skol correu para retirar suas peças publicitárias para o carnaval e, com isso, amargou perdas financeiras que chegam à casa dos R$ 3,5 milhões, segundo fonte ouvida pelo Correio do Brasil junto às agências de publicidade.

Sexta, 13 de Fevereiro de 2015 às 13:26, por: CdB
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Na tentativa de minimizar o estrago, a Skol substituiu as peças anteriores pela nova campanha, que pede respeito nesta época de folia com a frase: "Não deu jogo? Tire o time de campo"
Após ser acusada de fazer apologia ao estupro, a Skol correu para retirar suas peças publicitárias para o carnaval e, com isso, amargou perdas financeiras que chegam à casa dos R$ 3,5 milhões, segundo fonte ouvida pelo Correio do Brasil junto às agências de publicidade. – Nem é apenas a perda de tempo de exposição na mídia, mas o resultado negativo da campanha causa um estrago para a marca e, isso, tem peso específico – afirmou o diretor de Marketing Digital de uma agência de publicidade, em São Paulo. Na tentativa de minimizar o estrago, a Skol substituiu as peças anteriores pela nova campanha, que pede respeito nesta época de folia com a frase: "Não deu jogo? Tire o time de campo". Os anúncios originais da marca de cerveja traziam frases ligadas à "perda de controle", como "Topo antes de saber a pergunta", "Tô na sua, mesmo sem saber qual é a sua", e "Esqueci o 'não' em casa". Em São Paulo, um dos outdoors da ação de marketing foi alterado pela publicitária Pri Ferrari e a jornalista Mila Alves. As imagens ganharam repercussão nas mídias sociais e na imprensa. A frase "Esqueci o 'não' em casa" ganhou a complemento "E trouxe o nunca". Em entrevista à mídia paulista, o diretor da Skol, Fábio Barracho, atribuiu as críticas a um anúncio da marca modificado após protestos de grupos feministas a um "erro de interpretação". – Queríamos falar sobre a paquera, o amor, a pegação do Carnaval. Mas se houve uma interpretação errada, a gente muda, ouve o consumidor – justificou-se. Para Barracho, a marca entrou em contato com as pessoas que se manifestaram contra a campanha. – Eles entenderam – acredita.
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