Rio de Janeiro, 28 de Abril de 2025

Vale amplia extração de cobre para atender às demandas de IA

Atualmente, a Vale planeja extrair entre 420 mil e 500 mil toneladas de cobre por ano a partir de 2030, considerando todas as suas minas, inclusive as do Canadá. O projeto de aceleração, porém, prevê um crescimento substancial para 700 mil toneladas de cobre antes de 2035.

Quinta, 06 de Março de 2025 às 19:54, por: CdB

Atualmente, a Vale planeja extrair entre 420 mil e 500 mil toneladas de cobre por ano a partir de 2030, considerando todas as suas minas, inclusive as do Canadá. O projeto de aceleração, porém, prevê um crescimento substancial para 700 mil toneladas de cobre antes de 2035.

Por Redação, com Reuters – de São Paulo

A Vale Base Metals, subsidiária da Vale responsável pelas reservas além de minério de ferro da mineradora, quer acelerar seu plano de extração de cobre para os próximos anos. A expansão virá principalmente do Pará, visando atender à crescente demanda provocada pela transição energética e o crescimento da Inteligência Artificial (IA).

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A Vale tem investido na prospecção do cobre, um minério versátil e usado na indústria civil

Atualmente, a Vale planeja extrair entre 420 mil e 500 mil toneladas de cobre por ano a partir de 2030, considerando todas as suas minas, inclusive as do Canadá. O projeto de aceleração, porém, prevê um crescimento substancial para 700 mil toneladas de cobre antes de 2035, sendo a maior parte vinda de novos projetos da mineradora no sudeste do Pará, justamente na Amazônia.

O cobre é bastante associado a processos elétricos e, a partir da migração de setores dependentes de combustíveis para a eletrificação, é esperado que a demanda pelo metal cresça de forma significativa nos próximos anos. A corrida global pela IA e a instalação de novos data centers também contribuem para o aumento da demanda, uma vez que o cobre é insumo necessário para a fabricação de equipamentos de resfriamento.

 

Perspectiva

— Muito cobre será necessário para construir os data centers que alimentam a revolução da inteligência artificial — disse Shaun Usmar, durante encontro em Toronto organizado pela Câmara de Comércio Brasil-Canadá e a Agência para o Desenvolvimento e Inovação do Setor Mineral Brasileiro (Adimb).

A mineradora estima também que o mundo precisará até 2050 de 150% mais cobre do que foi minerado em toda a história até 2018.

— Para se ter uma perspectiva, há 11.800 data centers no mundo, sendo que pouco mais de 5.400 estão nos EUA. A projeção é que até o final da década haverá 10 mil apenas nos EUA, e um data center da Microsoft consome cerca de 27 toneladas de cobre por Mwh (megawatt-hora), sendo que ele pode consumir até 20 MWh de eletricidade — resumiu Usmar.

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