Cerca de 500 militantes da Via Campesina fizeram nesta quinta-feira um protesto em frente ao local onde está sendo realizada a 8ª Conferência das Partes da Convenção sobre Diversidade Biológica (COP-8), em Pinhais, na Grande Curitiba. Uma nota distribuída pela Via Campesina acusa os policiais civis de terem agido de forma violenta e arbitrária nas investigações sobre a destruição das mudas de eucalipto da Aracruz Celulose.
- As mulheres foram obrigadas a depor sem ter direito a um advogado. É um absurdo - reclamou a assessora do movimento, Solange Engelman.
Com bandeiras da Via Campesina e do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), eles manifestavam repúdio em relação às buscas policiais realizadas na última segunda-feira nas associações estadual e nacional de Mulheres Camponesas em Passo Fundo (Rio Grande do Sul). Após assistirem a uma palestra do teólogo e filósofo Leonardo Boff, que falou sobre Ética, Biodiversidade e Sustentabilidade, os trabalhadores rurais marcharam em direção ao centro de Curitiba.
A Via Campesina é uma aliança internacional pela reforma agrária, da qual o Movimento dos Sem Terra faz parte. A COP-8 é o órgão deliberativo da Convenção sobre Diversidade Biológica. Até o dia 31, 3.600 delegados (número oficial atualizado) de 173 países estarão no Brasil discutindo como tornar os três objetivos do acordo internacional válidos: conservação da biodiversidade, uso sustentável e proteção ao conhecimento tradicional.
No dia 8 de março a Aracruz Celulose foi invadida por um grupo de mulheres que destruiu parte das instalações da empresa.