Brasil não tem navios suficientes para defender o país, diz governo

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Publicado Quarta, 01 de Novembro de 2017 às 13:59, por: CdB

O titular do Planejamento, Orçamento e Gestão, Dyogo Oliveira, disse que é fundamental  capitalizar a Empresa Gerencial de Projetos Navais (Emgepron), estatal ligada à Marinha, porque o Brasil não dispõe de navios para defender sua costa.

 

Por Redação - de Brasília

 

Titular na pasta do Planejamento, o economista Dyogo Oliveira afirmou, nesta quarta-feira, que o Orçamento de 2018 foi atualizado recentemente. No novo documento, o governo prevê a capitalização da Emgepron, empresa ligada à Marinha brasileira. O objetivo será a construção de embarcações para defesa da costa do país.

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A Marinha Brasileira terá que aposentar quatro de seus navios

Ao apresentar as justificativas para o uso de recursos públicos do orçamento de 2018 para capitalização de empresas estatais, o titular do Planejamento, Orçamento e Gestão, Dyogo Oliveira, disse que é fundamental  capitalizar a Empresa Gerencial de Projetos Navais (Emgepron), estatal ligada à Marinha, porque o Brasil não dispõe de navios para defender sua costa. A proposta orçamentária para 2018 destina R$ 1,5 bilhão à Emgepron.



Oito corvetas

— Tem a questão da Emgepron, que é ligada à Marinha, que também tem uma previsão que basicamente é para a reconstrução de nossa frota de corvetas; porque o Brasil hoje não tem navio para defender o país. Estamos completamente sem nenhum navio novo para proteger a nossa costa — disse.

Ainda segundo Oliveira, há apenas 12 embarcações, “das quais quatro estão no final da vida útil; e aí ficaríamos com oito corvetas para defender toda a costa brasileira”.

— Então, há essa previsão de capitalização da Emgepron para que ela retome a construção dessas embarcações para defender a costa brasileira — disse o ministro, em audiência pública na Comissão Mista do Orçamento (CMO), na Câmara dos Deputados.

Limite de despesas

Oliveira citou também a necessidade de fazer uma reserva orçamentária para a Infraero, de forma a capitalizá-la para acompanhar os investimentos previstos para os aeroportos concedidos que a têm como acionista. “Como a Infraero ficou dentro do modelo de concessão de aeroportos, com 49% das ações, ela tem de acompanhar as empresas privadas para a capitalização para o investimento desses aeroportos”, justificou Dyogo Oliveira.

A expectativa é de que Lei Orçamentária de 2018 seja aprovada pelos parlamentares antes do recesso de fim de ano. No entanto, em função das alterações feitas pelo governo federal nesta semana, é possível que o trâmite do texto sofra algum atraso. A lei antecipa a receita que deve ser arrecadada e determina o limite das despesas para o ano que vem.

Privatização

O economista Dyogo Oliveira disse ainda, nesta manhã, que apoia a privatização da Eletrobras. Segundo afirmou, a decisão não consiste numa “operação de salvamento” pelo governo; mas sim numa forma de transformar a empresa numa companhia brasileira “com capacidade para ser grande investidor internacional”.

Oliveira falou na Comissão Mista de Orçamento (CMO) do Congresso Nacional, Oliveira reiterou que a União não vai vender suas ações na Eletrobras.

— A Eletrobras pode ser uma grande do mundo, pode ser uma Vale. A Vale depois que foi privatizada é uma das maiores do mundo — afirmou.

Ao participar de audiência pública na CMO, Oliveira também apontou que o fundo eleitoral para o ano que vem deverá ser composto por recursos de emendas de bancadas e que caberá à Comissão fazer essa alocação. Na peça enviada pelo Executivo, R$ 4,4 bilhões foram destinados no total para as emendas de bancada.

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