Caribe volta a ser assolado por furacão

Arquivado em:
Publicado Terça, 19 de Setembro de 2017 às 07:19, por: CdB

Ainda em recuperação após passagem do ciclone Irma, região é atingida novamente por poderosa tempestade, que pode chegar aos EUA. Premiê da Dominica fala em "devastação generalizada"

Por Redação, com DW - de Nova York:

Ainda se recuperando da devastação deixada pelo Irma, no início de setembro, o Caribe enfrenta mais um furacão, que atingiu picos de categoria 5, a mais alta na escala Saffir-Simpson. Depois de arrasar o país insular de Dominica, o ciclone Maria segue rumo a Porto Rico e Ilhas Virgens, podendo inclusive atingir Miami.

caribe-2.jpg
Ainda em recuperação após passagem do ciclone Irma, região é atingida novamente por poderosa tempestade

O furacão Maria deixou "uma devastação generalizada" na Dominica; escreveu o primeiro-ministro do país insular caribenho, Roosevelt Skerrit, em sua conta no Facebook nesta terça-feira.

O furacão Maria atingiu brevemente a categoria 5, a mais alta na escala de Saffir-Simpson. Enquanto passou pela Dominica na noite de segunda-feira, causando deslizamentos de terra e destruindo casas.

– Até agora, perdemos tudo o que o dinheiro pode comprar e substituir – escreveu Skerrit, acrescentando que telhados foram arrancados de casas; incluindo sua própria residência. "Meu maior medo agora é que vamos despertar com notícias de ferimentos físicos sérios; e possíveis mortes em resultado de deslizamentos provocados pelas chuvas que persistem."

– Meu teto se foi. Estou à completa mercê do furacão. A casa está inundada – disse Skerrit, que contou ter sido resgatado. "Não sabemos o que está acontecendo lá fora. Não nos atrevemos a olhar para fora. Tudo o que estamos ouvindo é o som da fúria do vento, enquanto oramos por seu fim!"

Ciclone

Apesar de a imprensa local afirmar que o Maria era o pior furacão que passou por Dominica; o primeiro-ministro lembrou que há 38 anos o ciclone David; também de categoria 5, atingiu a ilha; com ventos de mais de 280 quilômetros por hora, e causou a morte de duas mil pessoas.

O premiê ordenou o desalojamento das áreas próximas ao mar que poderiam ser inundadas; e não descartou impor o toque de recolher na ilha "em caso de necessidade".

– Nós precisaremos de ajuda, precisaremos de ajuda de todo tipo. É muito cedo para falar da situação dos portos marítimos. Mas suspeito que eles devem operar nos próximos dias – afirmou.

O furacão foi rebaixado à categoria 4, enquanto se dirigia ao arquipélago francês de Guadalupe, onde passou a entre 20 e 30 quilômetros de distância da cidade de Basse-Terre.

Previsões

Previsões sugeriram que as áreas do sul de Guadalupe seriam atingidas por ventos com rajadas de até 220 quilômetros por hora, com ondas podendo chegar a dez metros de altura, além de possíveis inundações.

Estima-se que o furacão Maria permaneça "extremamente perigo" enquanto se dirige a Porto rico e as Ilhas Virgens, de acordo com o Centro Nacional de Furações dos EUA.

A previsão é de que o Maria deve seguir um caminho semelhante ao traçado pelo furacão Irma, que deixou um rastro de destruição no norte do Caribe no início deste mês. Portanto, é possível que o Maria toque terra em Miami o mais tardar na quarta-feira.

Trump

O presidente dos EUA, Donald Trump, assinou uma declaração de estado de emergência para Porto Rico e Ilhas Virgens dos Estados Unidos antes da passagem do furacão Maria. A ordem autoriza o Departamento de Segurança Nacional dos EUA e a Agência Federal para a Gestão de Emergências (FEMA, na sigla em inglês) a coordenarem as ajudas de emergência.

Entre formação (30 de agosto) e dissipação (15 de setembro), o furacão Irma assolou diversos países e regiões no Caribe e atingiu a Flórida com ventos de até 215 quilômetros por hora, causando a morte de ao menos 84 pessoas. Na Flórida, 1,5 milhão de casas ficaram sem luz e cerca de 6,3 milhões de pessoas tiveram de deixar suas casas. 

Enquanto sobrevoava o Oceano Atlântico, o furacão Irma atingiu sua maior intensidade com vento de aproximadamente 300 quilômetros por hora e manteve uma das mais longas durações de ventos de categoria 5 jamais registradas. 

Ao mesmo tempo da passagem do Maria, o furacão Jose avança próximo à costa leste dos Estados Unidos pelo Atlântico, gerando ondas fortes e correntes de retorno. Algumas partes do litoral americano estão sob alerta de tempestade. 

Tags:
Edição digital

 

Utilizamos cookies e outras tecnologias. Ao continuar navegando você concorda com nossa política de privacidade.

Concordo