Condenado por violência no Reino Unido pega três anos de prisão

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Publicado quarta-feira, 7 de agosto de 2024 as 12:19, por: CdB

O governo britânico alertou que os manifestantes seriam julgados rapidamente e que receberiam “todo o peso da lei” por causarem tumultos em várias cidades britânicas.

Por Redação, com Agência Lusa – de Londres

Um homem de 58 anos foi condenado nesta quarta-feira a três anos de prisão por participar dos distúrbios de 30 de julho em Southport, no Noroeste de Inglaterra, tornando-se o primeiro a ser julgado pela violência dos últimos dias no país.

Protestos começara em 30 de julho após ataque a faca matar três jovens

Trata-se de Derek Drummond, condenado pelo Tribunal de Magistrados de Liverpool depois de admitir ter participado no motim e de ter agredido um profissional de saúde.

O governo britânico alertou que os manifestantes seriam julgados rapidamente e que receberiam “todo o peso da lei” por causarem tumultos em várias cidades britânicas.

O tribunal de Liverpool também proferiu penas de prisão a outros dois envolvidos: Declan Geiran, de 29 anos, condenado a 30 meses, sendo 28 deles por desordem violenta e incêndio de um veículo policial e os dois meses restantes por comunicação maliciosa; além de Liam Riley, de 40 anos, condenado a 20 meses de prisão por participar nos motins.

– Aqueles que deliberadamente se envolvem em tal desordem, causando ferimentos, danos e medo às comunidades, serão inevitavelmente punidos com sentenças destinadas a dissuadir outros de realizar atividades semelhantes – disse o juiz Andrew Menary KC, ao condenar os três desordeiros.

– A verdadeira dor coletiva dos residentes de Southport foi efetivamente sequestrada por este comportamento insensível – acrescentou Menary, referindo-se ao ataque à mesquita.

Entretanto, em Plymouth, no Sudoeste de Inglaterra, pelo menos seis pessoas foram hoje acusadas de “envolvimento” nos “fortes motins” registrados na segunda-feira, quando ocorreram confrontos entre manifestantes de extrema-direita e agentes da polícia britânica.

Os seis foram acusados de causar “desordem violenta”, embora as autoridades tenham confirmado que a maioria dos policiais feridos apresenta ferimentos leves. Outras duas pessoas tiveram que ser internadas.

Entre os arguidos, que terão de comparecer em tribunal ainda nesta quarta-feira, está um adolescente de 17 anos, segundo a cadeia de televisão britânica Sky News.

As forças de segurança relataram o envio de cerca de 6 mil soldados para responder aos 30 protestos que estão previstos para esta quarta-feira em centros de detenção de migrantes em todo o Reino Unido.

Entenda

Mais de 400 pessoas foram presas desde o início da violência em 30 de julho em Southport, um dia depois de três jovens de 6 a 9 anos, entre elas uma portuguesa, terem sido assassinadas em um ataque a faca, durante aulas de dança em um centro recreativo.

Os grupos reagiram após a circulação de informações erradas nas redes sociais, alegando que o agressor era um requerente de asilo, quando na verdade era um rapaz de 17 anos, Axel Rudakubana, nascido no País de Gales, filho de pais ruandeses.

Na Irlanda do Norte, as autoridades locais informaram que seis pessoas foram detidas após a terceira noite de violência em Belfast por crimes de ódio e desordem pública. Segundo as forças de segurança, foram registrados “assaltos, ataques incendiários e danos criminais”.

Nesse sentido, explicou que três menores, dois de 16 anos e um terceiro de 14 anos, foram detidos juntamente com três homens de 26, 28 e 41 anos. A polícia classificou a situação como uma “vergonha” e sublinhou que manifestações violentas “não têm lugar na Irlanda do Norte”.

O aumento da tensão levou a presidente da Câmara dos Comuns, Lindsay Hoyle, a pedir aos deputados que considerassem a possibilidade de trabalhar a partir de casa para garantir a sua segurança nos dias de hoje.

“Não temos informações que sugiram que os deputados ou os seus gabinetes sejam alvo de ataques, mas temos de reconhecer que estes motins têm um caráter imprevisível e espontâneo, por isso apelamos à maior cautela possível”, notou.

O agravamento da situação também levou vários países, como Tailândia, Nigéria, Malásia, Índia, Austrália e Indonésia, entre outros, a emitirem alertas de viagem aos seus cidadãos.

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