Na última pesquisa da Associação Brasileira dos Importadores de Combustíveis (Abicom), a diferença entre o preço médio praticado nas refinarias brasileiras e do Golfo do México subiu para 14%. Para voltar à paridade com a importação, seria necessário um aumento de R$ 0,83 por litro de diesel, calcula a instituição.
Por Redação – do Rio de Janeiro
O preço do diesel permanece pressionado no mercado internacional, aumentando a defasagem do preço do combustível comercializado no Brasil. As condições externas são de alta e tendem a piorar, disseram especialistas à mídia especializada, nesta terça-feira, com o aumento do frio na Europa; o fechamento de refinarias e a proximidade da proibição de importações da Rússia, o que vai reduzir ainda mais a oferta global.
Na última pesquisa da Associação Brasileira dos Importadores de Combustíveis (Abicom), a diferença entre o preço médio praticado nas refinarias brasileiras e do Golfo do México subiu para 14%. Para voltar à paridade com a importação, seria necessário um aumento de R$ 0,83 por litro de diesel, calcula a instituição
Paridade
A maior disparidade está sendo observada nas refinarias da Petrobras, enquanto a Acelen, na Bahia, única refinaria de grande porte privada do País, está alinhada com o preço externo, devido a reajustes semanais, com uma diferença de apenas 1% na comparação com o preço praticado o Golfo do México.
A unidade baiana, responsável por 14% do refino do Brasil, fez o terceiro aumento no mês de outubro do combustível no último sábado, 15, chegando a repassar uma alta de até 8,9%, dependendo do mercado atendido. Enquanto isso, a Petrobras mantém o preço do combustível congelado há 28 dias. Nos locais que servem de referência para os preços da Petrobras, a defasagem chega a 17% (Itaqui, Suape, Paulínia e Araucária).
Na última sexta-feira, o diretor de Exploração e Produção da Petrobras, Fernando Borges, admitiu que a companhia reduziu os preços dos combustíveis em velocidade maior do que a agora considerada para aumentos, a fim de acompanhar os preços de paridade de importação, e que isso seria “em benefício da sociedade brasileira”.