Rio de Janeiro, 19 de Dezembro de 2025

Empresária é encontrada morta em Botafogo

Um crime hediondo chocou os moradores do bairro de Botafogo, na noite desta segunda-feira. O corpo esquartejado de uma mulher foi encontrado, às 20h30, por um catador de lixo, na rua Sorocaba. As pernas da vítima foram encontradas dentro de um saco preto amarradas com gaze. Segundo informou, nesta terça-feira o diretor do Instituto Médico Legal (IML), Roger Ancillotti, somente um exame de DNA poderá identificar a quem pertence os membros. (Leia Mais)

Terça, 29 de Agosto de 2006 às 09:06, por: CdB

Um crime hediondo chocou os moradores do bairro de Botafogo, na noite desta segunda-feira. O corpo esquartejado de uma mulher foi encontrado, às 20h30, por um catador de lixo, na rua Sorocaba. As pernas da vítima foram encontradas dentro de um saco preto amarradas com gaze. Segundo informou, nesta terça-feira o diretor do Instituto Médico Legal (IML), Roger Ancillotti, somente um exame de DNA poderá identificar a quem pertence os membros.

A vítima foi reconhecida como Edna Tosta Gadelha Souza, 52 anos, dona de casa de festas na rua Bambina, no mesmo bairro. Quem a reconheceu, às 23h30, foi o marido, funcionário público identificado como Marcos Souza.

No desespero, ele ligou de um celular para a filha.

- Aqui não está nada bem. A sua mãe está morta - desabafou, transtornado. A família mora na Lagoa.

O marido fez o último contato com Edna pela manhã. A partir das 13h, preocupado pela falta de notícias, começou a percorrer hospitais e foi até ao Instituto Médico- Legal (IML). O desespero aumentou quando ela não apareceu no Aeroporto Internacional Tom Jobim, no Galeão, para embarque da filha e do namorado dela, por volta das 18h, como havia sido combinado. Mesmo sem a presença de Edna, o casal embarcou para Buenos Aires, capital da Argentina.

Bolsa com documentos

Ao lado de partes do cadáver, policiais militares do 2º BPM (Botafogo) localizaram uma bolsa, dentro da qual havia carteira de motorista de Edna e um cartão de sua psicóloga. Policiais ligaram para a profissional, que informou o telefone do marido de Edna. No início, Marcos chegou a imaginar que seria um trote ou um Disque-Extorsão (golpe no qual bandidos ligam para exigir dinheiro simulando seqüestro). Mas, para se certificar de que a informação era verdadeira, decidiu ir ao local. Ele chegou à rua Sorocaba às 23h30.

O assassinato de Edna foi praticado com requintes de crueldade. O cadáver foi encontrado sem as pernas, localizadas amarradas com fitas adesivas dentro de um saco preto, jogado próximo ao meio-fio. Remexendo o saco, o catador de lixo Rogério da Silva Gonçalves, 39 anos, que trabalha há três anos ali, acabou se deparando com as pernas da mulher. Apavorado, Rogério começou a gritar, pedindo ajuda a porteiros e moradores.

Dois filhos fora do Brasil

Dois dos três filhos de Edna estão fora do País. Um filho foi há uma semana para os Estados Unidos. Uma filha acabara de chegar na Argentina quando foi avisada sobre a morte da mãe. A única filha no Rio seria uma jovem de 17 anos.

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