Flamenguistas são detidos após confronto com torcedores do Independiente

Arquivado em:
Publicado Quarta, 13 de Dezembro de 2017 às 10:06, por: CdB

Na ação, 25 morteiros foram apreendidos, além pedras portuguesas e garrafas de vidro. O caso foi registrado 12ª DP (Copacabana), para onde os acusados foram encaminhados

Por Redação, com ABr - do Rio de Janeiro:

Cerca de 48 torcedores do Flamengo foram detidos na madrugada desta quarta-feira acusados de jogarem fogos de artifício e rojões em direção a hotéis na Barra da Tijuca, na Zona Oeste do Rio de Janeiro, e em Copacabana, na Zona Sul, onde estão hospedados membros da delegação do time argentino do Independiente.

flamengo.jpg
Cerca de 48 torcedores do Flamengo foram detidos na madrugada desta quarta-feira

O Flamengo e o Independiente decidem nesta quarta a Copa Sul-Americana, às 21h45 (horário de Brasília), no Maracanã.

Segundo a Polícia Militar do Estado do Rio de Janeiro, a confusão começou em frente ao hotel na avenida Abelardo Bueno, na Barra da Tijuca, onde torcedores dos times adversários estavam se provocando; o que gerou grande tumulto. Segundo a PM, rubro-negros jogaram fogos de artifícios e rojões em direção ao hotel, e o Batalhão de Choque foi acionado para conter a desordem.

Ainda de acordo com a polícia, em seguida, torcedores do Flamengo começaram a se concentrar na Avenida Atlântica, próximo a um hotel para onde parte da delegação argentina teria sido deslocada após a confusão. Segundo a PM, fogos de artifício foram lançados contra edifícios ao longo da via e em direção aos agentes. A Guarda Municipal informou que foi necessário usar bombas de gás para conseguir conter o tumulto na Avenida Atlântica.

Na ação, 25 morteiros foram apreendidos, além pedras portuguesas e garrafas de vidro. O caso foi registrado 12ª DP (Copacabana), para onde os acusados foram encaminhados.

Fluminense

O assessor da presidência do Fluminense, Artur Mahmoud, e o presidente da torcida organizada do Flamengo; Raça Rubro-Negra, Alesson Galvão de Souza, foram presos na segunda-feira na segunda fase da Operação Limpidus; que investiga irregularidades envolvendo representantes de clubes de futebol e de torcidas organizadas no Rio de Janeiro como a venda ilegal de ingressos (cambismo).

Também foram presos Leandro Schilling, dono da Imply, responsável pela confecção dos ingressos; além de dois funcionários da empresa. Segundo a Polícia Civil, três pessoas estão foragidas na operação deflagrada na segunda.

De acordo com o promotor de Justiça Marcos Kac, do Grupo de Atuação Especializada do Desporto e Defesa do Torcedor do Ministério Público (MP), estima-se que; no mínimo, 200 ingressos por jogo eram repassados de forma irregular para as torcidas; incluindo os de meia-entrada e os dos sócios-torcedores.

– A investigação mostra a ligação espúria das diretorias dos clubes de futebol do Rio de Janeiro com os núcleos das torcidas organizadas através dos quais cediam uma grande carga de ingresso que era colocada à venda no câmbio negro – disse Marcos Kac.

O promotor acrescentou que o objetivo da operação é combater a corrupção no futebol e diminuir a violência nos estádios e seus arredores. “Nada disso será possível se não estancarmos a sangria desenfreada de dinheiro que entra no seio dessas torcidas organizadas”.

Segundo o MP, representantes de clubes de futebol são acusados de repassar ingressos para as torcidas; que os repassam a cambistas. Parte desses ingressos seria dada; inclusive, para torcidas organizadas proibidas pela Justiça de frequentar jogos de futebol.

Tags:
Edição digital

 

Utilizamos cookies e outras tecnologias. Ao continuar navegando você concorda com nossa política de privacidade.

Concordo