Ainda de acordo com o magistrado, o comandante da UPP do Caju, que fica na zona portuária da cidade do Rio de Janeiro, é inadmissível a conduta do oficial
Por Redação, com ABr - do Rio de Janeiro:
O Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro decidiu manter a prisão preventiva do comandante da Unidade de Polícia Pacificadora (UPP) do Caju, major Alexandre Silva Frugoni de Souza.
O oficial e mais três policiais militares foram presos no último dia 11; depois que a Corregedoria da Polícia Militar encontrou armas ilegais; drogas e munição nos armários da base da UPP e no gabinete do comandante.
A decisão do juiz Marco Couto foi tomada na segunda-feira depois de uma audiência de custódia. A justificativa do magistrado é que a prisão é necessária para garantir a ordem pública. O major responderá à ação penal pelo crime de porte ilegal de arma de fogo.
Ainda de acordo com o magistrado, o comandante da UPP do Caju, que fica na zona portuária da cidade do Rio de Janeiro; é inadmissível a conduta do oficial; cuja função serve de “farol para iluminar as condutas de seus subordinados”.
Roubo de carga
O secretário de Segurança Roberto Sá, disse na segunda-feira que o roubo de cargas caiu 24% em setembro, na região metropolitana do Rio; quando foram registrados 676 casos, em relação a setembro de 2016, quando ocorreram 892 casos.
Esse é o quarto mês consecutivo de queda, “desde maio quando começamos a operação; esse indicador vem demonstrando uma tendência de queda”, avaliou o secretário. O anúncio foi feito no Centro Integrado de Comando e Controle, na Cidade Nova; após uma reunião com o grupo integrado de enfrentamento a roubo de cargas.
Roberto Sá disse que esta é uma redução expressiva, mas que ainda está num patamar indesejável pelas forças de segurança do Estado. “Mas mostra que estamos no caminho certo. Nós criamos um programa chamado Carga Segura; que conta com apoio imprescindível do governo federal. Estamos ocupando desde maio com a Polícia Rodoviária Federal; e a Força Nacional de Segurança as áreas em que esse indicador era mais expressivo. Há quatro meses que esse indicador vem caindo e pela primeira vez foi menor do que o mesmo mês do ano passado”.
O secretário de Segurança disse que foram tomadas medidas importantes nos últimos meses no combate ao roubo de cargas e que houve uma mudança na mancha criminal, antes concentrada nos morros do Chapadão e da Pedreira, na zona norte, devido à proximidade com a Via Dutra e a Rio-Juiz de Fora, mas que hoje está espalhada por outras favelas, como o Complexo da Maré, na zona norte e a Vila Kennedy, na zona oeste, que ficam próximas à Avenida Brasil, principal ligação da região portuária com a zona oeste do Rio, numa extensão de 54 quilômetros.
Advertência
Em julho último, o presidente da Federação do Transporte de Cargas do Estado do Rio de Janeiro (Fetranscarga), Eduardo Rebuzzi, disse que iria parar de abastrecer o Rio, caso o roubo de cargas continuasse crescendo no estado. O dirigente sindical se reuniu, com outros representantes do setor e com lideranças da área de segurança que atuam no Rio, incluindo as Polícias Militar, Rodoviária Federal e Força Nacional de Segurança, no Centro Integrado de Comando e Controle.
– A tensão que está existindo aqui no Rio de Janeiro é muito grande. É óbvio que ninguém quer deixar de transportar cargas. Ninguém quer deixar de abastecer o Rio. E quando falo de abastecer, não é só colocar alimentos, roupas, eletroeletrônicos. É abastecer o aeroporto, botar gasolina nos postos. Se a paralisação chegar a um momento limite, vai parar o Rio de Janeiro como um todo – disse Rebuzzi.
O Programa Carga Segura, conta com apoio do governo federal, que enviou 380 homens da Polícia Rodoviária para o Rio e aumentou o efetivo da Força Nacional de Segurança no Estado. A reunião contou com integrantes das Polícias Militar, Civil, Secretaria Nacional de Segurança Pública, Polícias Federal e Rodoviária Federal, Instituto de Segurança Pública e o Sindicato das Empresas do Transporte Rodoviário de Cargas e Logística do Rio de Janeiro.