Morales reconheceu uma derrota em 2016, quando 51 % dos eleitores rejeitaram sua proposta para reformar a Constituição por meio de um referendo
Por Redação, com Reuters – de La Paz:
Milhares de bolivianos foram às ruas no dia anterior para protestar contra uma nova tentativa do presidente Evo Morales de abrir caminho para concorrer a um quarto mandato em 2019.
Morales reconheceu uma derrota em 2016, quando 51 % dos eleitores rejeitaram sua proposta; para reformar a Constituição por meio de um referendo de forma a acabar com os limites à reeleição.
Mas, no mês passado, o partido governista Movimento ao Socialismo pediu ao Supremo Tribunal da nação que rescinda os limites legais; que impedem que autoridades eleitas busquem a reeleição indefinidamente; alegando que estes violam os direitos humanos.
Protesto
Carregando cartazes com os dizeres “A Bolívia disse ‘Não!’” e acenando com bandeiras bolivianas; os manifestantes disseram que Morales quer ampliar seus poderes nos moldes do presidente da Venezuela, Nicolás Maduro; um aliado de esquerda que a oposição considera um ditador.
– Esta é uma ditadura política… não somos venezuelanos, somos bolivianos – disse Remigio Figueredo, líder camponês, na praça San Francisco de La Paz; onde milhares se reuniram ao mesmo tempo em que uma eliminatória da Copa do Mundo entre a Bolívia e o Uruguai era televisionada.
O governo Morales minimizou os protestos, que classificou como comícios eleitorais disfarçados; e disse que a oposição de direita quer impedir o presidente de concorrer na eleição de 2019.