Com a evolução do surto, os cientistas voltaram suas atenções para uma mulher que faleceu ainda no final de janeiro. Apresentando os sintomas da doença como fraqueza, diarreia e vômito, a enfermeira de 51 anos foi diagnosticada inicialmente com outras doenças, entre elas a malária.
Por Redação, com Sputnik – de Guiné
Com casos de ebola surgindo na Guiné, cientistas do país acreditam que o vírus pode permanecer no organismo humano por mais de um ano sem apresentar sintomas.
O país já confirmou pelo menos 14 casos de ebola, dos quais seis faleceram, enquanto até o último dia 17 havia outros quatro casos suspeitos.
Com a evolução do surto, os cientistas voltaram suas atenções para uma mulher que faleceu ainda no final de janeiro. Apresentando os sintomas da doença como fraqueza, diarreia e vômito, a enfermeira de 51 anos foi diagnosticada inicialmente com outras doenças, entre elas a malária.
Estudando melhor o caso, especialistas do país suspeitam que a mulher teria sido vítima do ebolavírus do Zaire.
O surto
Para entender melhor o surto, os cientistas do Centro de Pesquisas e Treinamento em Doenças Infecciosas da Guiné (CERFIG, na sigla em inglês) e do Laboratório Nacional de Febre Hemorrágica do país coletaram amostras do vírus de pelo menos quatro pacientes. Análises revelaram que o vírus tem relação com a epidemia do leste da África da estirpe Makona do vírus, que se desenvolveu entre 2013 e 2016, publicou o portal Science Alert.
A conclusão foi feita após a comparação com análises de amostras do vírus da epidemia desses anos.
O estudo acabou levando os cientistas a crer que o marido da enfermeira falecida teria portado o vírus durante anos sem causar qualquer suspeita.
Embora o vírus também possa ser encontrado em certos animais, as evidências do surto na Guiné mostram que este não teria origem animal.
A versão do ebola presente na vítima leva por volta de uma semana para apresentar sintomas nas pessoas. Contudo, análises mostraram que traços do RNA do vírus podem ser detectados na urina da pessoa um mês após a infecção, no suor após 40 dias e no sêmen depois de um ano.
Tais dados mostram que, mesmo após se recuperar, o vírus ainda teria capacidade de permanecer na pessoa por diversos meses.