PF apura crimes contra sistema financeiro em Mato Grosso

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Publicado Sexta, 15 de Dezembro de 2017 às 11:16, por: CdB

Esta 15ª fase da Operação Ararath recebeu o nome de Cocite e apura especificamente os indícios de que integrantes de organização criminosa

Por Redação, com ABr - de Brasília:

A Polícia Federal (PF) e o Ministério Público Federal (MPF) deflagaram nesta sexta-feira uma nova etapa da Operação Ararath, cuja primeira fase foi desencadeada em 2013, em Mato Grosso, para apurar crimes contra o sistema financeiro nacional.

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A Polícia Federal (PF) e o Ministério Público Federal (MPF) deflagaram nesta sexta-feira uma nova etapa da Operação Ararath

Seis mandados de busca e apreensão expedidos pelo Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF1); estão sendo cumpridos. A PF não divulgou detalhe sobre os alvos das investigações, que correm em segredo de Justiça.

Esta 15ª fase da Operação Ararath recebeu o nome de Cocite e apura especificamente os indícios de; que integrantes de organização criminosa investigada desde 2011 teriam, mais recentemente; cometido os crimes de coação e embaraço às investigações penais.

Em novembro de 2013, quando deflagrou a Operação Ararath, a PF estimou que, desde 1998; os investigados tinham movimentado mais de R$ 500 bilhão. Ainda de acordo com a PF, o grupo investigado utilizava empresas de factoring (fomento mercantil) como fachada para concessão de empréstimos a diversas pessoas físicas e jurídicas no estado.

Os recursos, segundo os investigadores, eram movimentados nas contas das factorings e de outras empresas ligadas a integrantes do grupo. O principal crime apurado consiste no fato de que as empresas de factoring, de natureza estritamente mercantil e com a finalidade principal de assessoria e de compra de títulos de crédito, exercia outras atividades exclusivas de instituição financeira, não autorizadas pelo Banco Central, como, por exemplo, concessão de empréstimos com exigência de garantia.

Agentes

Agentes públicos e empresários foram denunciados pelo MPF, entre eles o ex-secretário da Casa Civil e de Fazenda do Estado de Mato Grosso Éder de Moraes Dias, condenado pela Justiça. Em setembro desse ano, ao deflagrar a 12ª fase da Ararath, a PF fez buscas e apreendeu documentos em 64 endereços, incluindo imóveis ligados ao ministro da Agricultura Blairo Maggi e o gabinete do deputado federal Ezequiel Fonseca (PP-MT), na Câmara dos Deputados.

Nomeada como Operação Malebolge, essa etapa foi autorizada pelo Supremo Tribunal Federal (STF); após o ministro da Corte, Luiz Fux, ter autorizado, no final de agosto; a instauração de um inquérito para investigar denúncias feitas pelo ex-governador de Mato Grosso Silval Barbosa em acordo de delação premiada com a Procuradoria-Geral da República (PGR).

Propina

Em depoimento, Silval Barbosa afirmou que, durante seu governo, era rotineiro o pagamento de propina a parlamentares; para evitar que membros do alto escalão do estado fossem investigados em Comissões Parlamentares de Inquérito (CPIs).

O chefe de gabinete de governo durante a gestão de Silval Barbosa, Silvio Cesar Correa; gravou vídeos registrando o pagamento de propina a deputados estaduais. Cada parlamentar, segundo os depoentes, teria recebido R$ 600 mil, em 12 parcelas mensais. Silval Barbosa também relatou ter pago R$ 200 mil a três deputados estaduais para que votassem pela aprovação das contas de seu governo.

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