Os mandados, pedidos pela Procuradoria-Geral da República e autorizados pelo Supremo Tribunal Federal (STF) no âmbito da sexta fase da operação Ápia
Por Redação, com Reuters - de Brasília:
A Polícia Federal cumpriu nesta quarta-feira mandados de busca e apreensão nos gabinetes e nas residências dos deputados federais Dulce Miranda (PMDB-TO) e Carlos Gaguim (PODE-TO), informou a corporação.
Os mandados, pedidos pela Procuradoria-Geral da República e autorizados pelo Supremo Tribunal Federal (STF); no âmbito da sexta fase da operação Ápia que, de acordo com a PF, desarticulou uma organização criminosa que atuou pagando propinas e fraudando licitações públicas e execução de contratos; para a terraplanagem e pavimentação asfáltica em várias rodovias estaduais em valores que superaram R$ 850 milhões.
– As obras foram custeadas por recursos públicos adquiridos pelo Estado de Tocantins; por meio de empréstimos bancários internacionais e com recursos do BNDES, tendo o Banco do Brasil como agente intermediário dos financiamentos – disse a PF em nota, acrescentando que os financiamentos somaram R$ 1,2 bilhão.
A investigação
– A investigação apontou para um esquema de direcionamento das contratações públicas; mediante pagamento de propina de empresários; que se beneficiavam com recebimentos por serviços não executados. O núcleo político da Associação Criminosa era responsável por garantir as contratações e o recebimento de verbas públicas indevidas por parte dos empresários corruptores.
De acordo com a PF, a sexta fase da Ápia investiga os crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro. As investigações tiveram origem em um acordo de delação premiada de Rossine Ayres Guimarães; proprietário da Construtora Rio Tocantins. Os mandados foram realizados em Brasília e nas cidades de Palmas e Araguaína; ambas em Tocantins.