A conferência foi o primeiro evento público da nova diretoria nomeada por Silva e Luna, todos empossados há pouco menos de um mês. Quebrando tradição sobre a presença do presidente da empresa na conferência, o general enviou um vídeo e não esteve na sessão de perguntas.
Por Redação - do Rio de Janeiro
A mudança na gestão da Petrobras, após a posse do general Joaquim Silva e Luna, não vai alterar a gestão dos preços dos combustíveis. A afirmação é do diretor de Comercialização e Logística da Petrobras, Cláudio Mastella, a jornalistas nesta sexta-feira. Os aumentos sequenciados dos preços foi apontado pelo presidente Jair Bolsonaro (sem partido) como principal motivo para a exoneração de Roberto Castello Branco, em fevereiro, em meio a ameaças de greve dos caminhoneiros.
— A gente segue com liberdade e independência na prática dos nossos preços, buscando o melhor resultado para nossos clientes e nossos acionistas — afirmou Mastella, em conferência virtual com analistas para detalhar o lucro de R$ 1,2 bilhão registrado pela empresa no primeiro trimestre.
Questionamentos
A conferência foi o primeiro evento público da nova diretoria nomeada por Silva e Luna, todos empossados há pouco menos de um mês. Quebrando tradição sobre a presença do presidente da empresa na conferência, o general enviou um vídeo e não esteve na sessão de perguntas.
— Estamos seguros de que a grandeza e a solidez desta companhia continuarão a merecer a mesma confiança que nos tem sido creditada — afirmou Silva e Luna, em seu discurso. Ao contrário da posse, porém, ele não fez referências a preços de combustíveis.
Com a ausência do chefe, coube a Mastella responder aos questionamentos dos investidores sobre o tema. Ele disse que não houve mudanças nem na periodicidade nem no sistema de avaliação dos preços, que continua buscando alinhamento às cotações internacionais.
— Não há mudança nenhuma na maneira de gerenciar ajuste de preços — afirmou o diretor.
Competitividade
Ele, junto com todos os três colegas que participaram da coletiva, vestia uma camisa polo com o logotipo da empresa, outra novidade da gestão Silva e Luna.
— O grupo decisório é o mesmo, a frequência de monitoramento do mercado é diária e, a partir da observação do nosso posicionamento do mercado, da competitividade, do market share, a gente toma a decisão de ajustar para cima ou para baixo — acrescentou.
Mastella pontuou, ainda, que a empresa já testou diferentes abordagens de frequência de precificação, desde reajustes diários a prazos mais longos, e que hoje está num nível intermediário. O foco, resumiu, é "não repassar imediatamente oscilações do mercado externo ou do câmbio e ao mesmo tempo manter nossos preços em nível competitivo".