Seguranças de Bolsonaro, mais truculentos, censuram cobertura jornalística

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Publicado sábado, 3 de novembro de 2018 as 14:09, por: CdB

Um dos agentes federais chegou a ordenar a um dos cinegrafistas da TV Globo que apagasse as imagens gravadas de Bolsonaro, mas não foi atendido.

 

Por Redação – do Rio de Janeiro

 

Os fotojornalistas que integraram a comitiva do presidente eleito, Jair Bolsonaro (PSL), denunciaram à Associação Profissional dos Repórteres Fotográficos do Rio de Janeiro (Arfoc-Rio), a truculência dos policiais federais que cercam o representante da ultradireita, ora no poder.

Policiais federais fazem a escolta do presidente eleito, Jair Bolsonaro
Policiais federais fazem a escolta do presidente eleito, Jair Bolsonaro

Um dos agentes federais chegou a ordenar a um dos cinegrafistas da TV Globo que apagasse as imagens gravadas de Bolsonaro, mas não foi atendido. Repórteres, fotógrafos e cinegrafistas acompanhavam a visita de Bolsonaro ao Centro de Adestramento da Ilha da Marambaia (Cadim), área da União administrada pela Marinha, na Zona Oeste do Rio de Janeiro.

Bolsonaro passou a tarde na Restinga de Marambaia com a mulher, Michelle, e amigos. O policial federal coletou dados e tirou foto do cinegrafista, antes de liberá-lo.

Ao chegar no Iate Clube, onde Bolsonaro embarcou, o diretor social da instituição, que se identificou apenas como Valdir, não permitiu a presença da imprensa. O integrante da administração alegou ser militar e ameaçou prender os jornalistas que esperavam por Bolsonaro nas dependências da instituição.

Em protesto contra a truculência policial, a Arfoc emitiu, neste sábado, uma nota de repúdio:

Nota oficial


A Associação Profissional dos Repórteres Fotográficos e Cinematográficos do Rio de Janeiro (Arfoc – Rio) repudia veementemente o atentado contra o exercício profissional, a liberdade de imprensa e o direito à informação cometido por um policial federal da comitiva do presidente eleito Jair Bolsonaro. Também repudiamos o ato de intimidação do policial de coletar dados e fotografar o repórter cinematográfico.

Ontem, 2 de novembro, o agente mandou um repórter cinematográfico da TV Globo apagar as imagens gravadas do presidente eleito, em Mangaratiba (RJ). O jornalista de imagem acompanhava a visita de Bolsonaro ao Centro de Adestramento da Ilha da Marambaia (Cadim), área da União administrada pela Marinha, no Rio de Janeiro.

Alberto Jacob Filho

Diretor-Presidente da Arfoc-Rio

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