Coréia do Norte

A Coreia do Norte disparou 82 projéteis de artilharia ao longo de oito horas e meia nesta terça-feira como resposta e alerta à "provocação insidiosa do inimigo", disse a KCNA, citando o porta-voz militar do país.

Os militares da Coreia do Norte conduziram o disparo depois de detectar dezenas de "projéteis" disparados no Sul perto da fronteira compartilhada, informou a agência de notícias estatal KCNA, citando um porta-voz do Estado-Maior do Exército Popular da Coreia.

Em reunião de emergência durante cúpula asiática, líderes de EUA, Japão, Canadá, Coreia do Sul, Nova Zelândia e Austrália condenam lançamento de míssil balístico intercontinental e anunciam "resposta" internacional.

Pyongyang havia se manifestado dizendo que os lançamentos eram uma "resposta" à ampliação dos exercícios militares entre Coreia do Sul e Estados Unidos. Mas, os vizinhos do Sul e os norte-americanos acreditam que o governo do ditador Kim Jong-un esteja se preparando para retomar os testes nucleares.

Na semana passada, a Coreia do Norte testou vários mísseis, incluindo centenas de projéteis de artilharia no mar e um possível míssil balístico intercontinental (ICBM) com falha, enquanto a Coreia do Sul e os Estados Unidos realizavam exercícios aéreos de seis dias que terminaram no último sábado.

Os projéteis voaram por cerca de 130 quilômetros, atingindo uma altitude de 20 quilômetros e velocidade de Mach 5, o equivalente a cinco vezes a velocidade do som, e caíram no Mar Amarelo. A Coreia do Sul e os EUA temem que Pyongyang esteja se preparando para retomar seus testes com armas nucleares.

O governo do Japão chegou a emitir um alerta para que os moradores do norte da nação procurassem abrigos e chegou a suspender os serviços do trens de alta velocidade Shinkansen chegaram a ser interrompidos por alguns instantes em várias cidades.

Foi a primeira vez que um míssil balístico caiu perto das águas do Sul desde que a península foi dividida em 1945, e o maior número de mísseis disparados pelo Norte em um único dia. A Coreia do Sul emitiu raros alertas de ataque aéreo e lançou seus próprios mísseis em resposta. 

Os lançamentos de mísseis, em um momento de crescentes temores de que a Coreia do Norte esteja preparando seu primeiro teste nuclear desde 2017, foram os mais recentes em um ano em que a Coreia do Norte testou um número recorde de mísseis.

O Estado-Maior Conjunto de Seul acusa a frota marítima da Coreia do Norte de cruzar a Linha de Limite Norte (NLL) durante a madrugada desta segunda feira. O órgão sul-coreano informou que transmitiu avisos e disparou tiros de advertência ao ver um navio mercante norte-coreano ultrapassando a fronteira marítima.

Seul impôs suas primeiras sanções unilaterais contra Pyongyang em quase cinco anos, colocando na lista negra 15 indivíduos norte-coreanos e 16 instituições envolvidos no desenvolvimento de mísseis.

Após lançar mais dois mísseis balísticos, regime norte-coreano enviou 12 aeronaves militares para a fronteira com a Coreia do Sul, afirma governo em Seul. Pyongyang admite ser retaliação.

Lançamento obriga autoridades japonesas a emitir alertas para a população e suspender circulação de trens pela primeira vez em cinco anos. Comunidade internacional condena disparo.

O lançamento ocorreu dois dias depois que as forças da Coreia do Sul e dos EUA realizaram exercício militar nas águas da costa leste da Coreia do Sul envolvendo um porta-aviões. No domingo, a Coreia do Norte disparou outro míssil balístico em direção ao mar ao largo de sua costa leste.

Entre os cenários que podem desencadear um ataque nuclear está a ameaça de um ataque nuclear iminente; se a liderança, o povo ou a existência do país estiver sob ameaça; ou para ganhar vantagem durante uma guerra, entre outras razões.

Segundo Washington, notícia indica que militares russos enfrentam escassez severa de material bélico em sua invasão da Ucrânia devido às sanções ocidentais contra Moscou.

A decisão japonesa ocorre em um momento de tensão na região do Indo-Pacífico, onde diversos exercícios militares estão sendo realizados por Pequim após a visita da representante dos EUA, Nancy Pelosi, a Taiwan.

Yoon Suk-yeol afirmou que a desnuclearização é "essencial" para a paz duradoura na península e explicou que a oferta inclui alimentos e energia, mas também melhorias em infraestrutura como portos, aeroportos e hospitais.

Em carta a Kim Jong-un, presidente russo afirma que laços bilaterais mais próximos são do interesse de ambos os países. Após invasão da Ucrânia, Pyongyang declarou apoio a Moscou.

A Coreia do Norte, um dos primeiros países do mundo a fechar suas fronteiras, confirmou um surto da altamente contagiosa variante Ômicron em Pyongyang em maio, mas ativou um "sistema máximo de prevenção".