Gaza

Em nova avaliação, a FAO destacou que mais de 80% das terras agrícolas foram danificadas pelo conflito que ocorre no enclave.

O plano surge no contexto de uma série de ataques israelenses à Faixa de Gaza ao longo dos últimos dias.

O porta-voz da Defesa Civil do enclave palestino, Mahmud Bassal, disse que cinco pessoas morreram em um ataque a uma casa em Jabalia.

A distribuição foi prejudicada por saques feitos por grupos de homens, alguns deles armados, perto da cidade de Khan Younis, disse a rede de ajuda.

No Oriente Médio, o momento é de pressão por parte da comunidade internacional sobre Israel em virtude da crise humanitária em Gaza.

A falta de mantimentos é tanta que, na terça, a Organização das Nações Unidas alertou que 14 mil bebês poderiam morrer de fome no enclave, nas próximas 48 horas.

Desde o dia 2 de março nenhuma ajuda humanitária foi autorizada a entrar no território, provocando, segundo as agências da ONU e organizações não-governamentais.

Os ataques ocorreram em toda a Faixa de Gaza, e os médicos disseram que os locais atingidos incluíam duas casas onde mulheres e crianças estavam entre os 18 mortos.

Netanyahu explicou ainda que seu país deve evitar uma fome em Gaza “por razões diplomáticas”, após o anúncio de uma retomada limitada da ajuda humanitária destinada ao território palestino sitiado e bombardeado.

Desde a quinta-feira, mais de 300 habitantes de Gaza foram mortos em ataques israelenses, de acordo com autoridades de saúde locais. Os últimos ataques ocorreram depois que o presidente dos EUA, Donald Trump, encerrou sua turnê pelo Oriente Médio.

Mohammed Saleh, diretor interino do Hospital Al-Awda em Jabalia, afirmou que foram transportados cinco corpos e que mais de 75 feridos nos ataques estão sendo tratados. 

O Hamas destacou que, dessa forma, Israel busca "impor seus próprios termos" ao enclave palestino. "O mundo quer um cessar-fogo e o fim da violência", enfatizou.

As autoridades de saúde palestinas dizem que os ataques israelenses aumentaram desde que Trump iniciou uma visita na terça-feira aos Estados do Golfo da Arábia Saudita, Qatar e Emirados Árabes Unidos.

Os ataques israelenses das últimas horas, que ocorreram após o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu ter anunciado que o Exército ia entrar “com força total” em Gaza.

Israel bloqueou os suprimentos para o enclave desde o início de março, quando retomou sua devastadora campanha militar contra o Hamas.

Netanyahu também colocou novamente sobre a mesa um plano para permitir que os civis de Gaza "deixem" a Faixa, sabendo que também é necessário que outros países concordem em acolhê-los.

Leão XIV enfatizou que carrega "no coração os sofrimentos do amado povo ucraniano" e pediu que seja feito "todo o possível para alcançar uma paz genuína, justa e duradoura.

Os moradores de Gaza estão enfrentando uma crise humanitária crescente, com Israel impondo um bloqueio de meses ao fornecimento de ajuda ao pequeno enclave palestino.

Para o grupo, seria necessário que Israel interrompesse o bloqueio humanitário no enclave e acabasse com a ‘guerra da fome’ antes de qualquer tipo de conversa sobre o fim do conflito.

Nos últimos dias, dezenas de milhares de reservistas israelenses teriam sido convocados para participar dessa operação para "conquistar" o enclave palestino, de acordo com fontes oficiais israelenses.