Gaza

Até o momento, o Hamas já soltou 19 dos 33 reféns israelenses previstos na primeira etapa da trégua (além de cinco tailandeses) e anunciou que libertará mais seis no próximo sábado.

As negociações para a segunda fase do acordo deveriam ter começado em 4 de fevereiro, mas o Qatar, que, juntamente com o Egito e os Estados Unidos, está mediando entre os lados.

Israel vem insistindo há meses que não aceitará que o Hamas continue governando Gaza, nem aceitará a ANP, que era a escolha preferida do ex-presidente dos EUA, Joe Biden, para assumir o comando do enclave.

De acordo com Rubio, o presidente dos Estados Unidos declarou que todos os reféns israelenses devem ser libertados pelo grupo fundamentalista islâmico.

O Hamas liberou neste sábado o americano-israelense Sagui Dekel-Chen, o russo-americano Alexandre Sasha Troufanov e Yair Horn. Em troca, Israel precisará soltar 369 prisioneiros palestinos.

Segundo o gabinete do premiê de Israel, Benjamin Netanyahu, serão soltos Aleksandr "Sasha" Trufanov, de 29 anos, Sagui Dekel-chen, 36, e Yair Horn, 46. Os três também têm cidadanias russa, americana e argentina, respectivamente.

O grupo havia anunciado o adiamento da libertação prevista para sábado e acusado Israel de violar os termos do cessar-fogo em vigor no enclave desde 19 de janeiro.

Sob acordo de cessar-fogo em vigor desde 19 de janeiro, o grupo militante palestino concordou em libertar mais três reféns no próximo sábado.

A declaração é dada após o Hamas anunciar que vai atrasar a libertação de reféns prevista para o próximo fim de semana, acusando Israel de violar os termos do acordo, que está em vigor há cerca de três semanas.

O grupo descartou a "linguagem de ameaças" depois que o presidente dos Estados Unidos (EUA), Donald Trump, afirmou que "deixaria o inferno explodir" se eles não forem libertados.

Em um comunicado, o movimento palestino afirmou que monitorou nas últimas semanas supostas "violações do inimigo e sua falha em cumprir os termos" do acordo de cessar-fogo.

Trump tem insistido em seu plano de expulsar os palestinos da Faixa de Gaza para transformar o enclave de 2 milhões de habitantes em uma espécie de grande empreendimento imobiliário.

Segundo um funcionário do grupo fundamentalista Hamas, que controla o enclave, "as forças israelenses desmantelaram suas posições e postos militares" na região, permitindo que "veículos passem livremente em ambas as direções".

O Hamas também pediu que as "organizações internacionais tomem medidas enérgicas contra o plano" do republicano, acrescentando que "rejeita categoricamente" as declarações do magnata.

O premiê israelense destacou que não há nada de errado na ideia de Trump de realocar a população do enclave palestino para outros países e apoiou a iniciativa de "permitir que os habitantes de Gaza que queiram sair, saiam".

A ação do governo de Netanyahu está alinhada com a proposta de Trump para ‘tomar o controle’ do território palestino; a dupla de políticos da extrema-direita recebeu duras críticas da comunidade internacional.

Por RuiMartins -
Caso seja mesmo real a intenção de Trump de entregar aos Estados Unidos o contrôle da região de Gaza, com o objetivo de torná-la uma atração turística, no estilo da Côte d'Azur, isso será um crime inaceitável. Para o Wall Street Journal, que já havia definido como idiota a guerra comercial proposta por Trump, a tomada ou possessão da Faixa de Gaza será catastrófica.

Em sua mensagem, Abbas disse que os direitos palestinos não são negociáveis ​​e que ninguém pode tomar decisões sobre o futuro do povo palestino além deles mesmos.

A primeira etapa do cessar-fogo está em vigor desde 19 de janeiro e deve durar 42 dias, com a libertação de um total de 33 reféns israelenses, dos quais 13 já foram soltos, e centenas de prisioneiros palestinos.

Netanyahu desembarcou em Washington nesta segunda-feira, onde deve discutir com Trump a segunda fase do acordo de trégua, durante a qual todos os reféns israelenses em Gaza devem ser liberados.