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Partido do presidente sai vitorioso em eleições legislativas. Desempenho melhor que o esperado é visto como aval dos eleitores às reformas econômicas ultraliberais.

Em 21 de agosto, a deputada Marcela Pagano, que há dois anos havia sido eleita pelo partido de Milei, A Liberdade Avança, deixou a sigla governista e lançou nas redes sociais uma série de denúncias contra o governo.

A coalizão peronista Força Pátria obteve 46,95% dos votos, contra 33,86% da aliança ultraliberal A Liberdade Avança (LLA), encabeçada por Milei.

O levantamento do instituto AtlasIntel registra perda de popularidade do presidente, enquanto Karina Milei, irmã e seu braço-direito no governo, é alvo de denúncias por propina na compra de medicamentos.

Mesmo produtos tradicionais para os vizinhos, como a carne bovina, têm apresentado crescimento superior a US$ 1 milhão no primeiro semestre do ano passado para atuais US$ 22,9 milhões, calcula o Mdic.

Lula, que assume a Presidência do conjunto de países sul-americanos neste semestre, ampliará em sua gestão o olhar para a Ásia, após realizar acordos comerciais com a Europa.

Os sindicatos estão exigindo que o governo readmita os funcionários demitidos, reabra as negociações salariais e elimine os planos de privatização de algumas empresas públicas, entre outras medidas.

Os dados refletem uma conjuntura “dramática”, agravada por dois fatores centrais: a crise econômica e o aumento da insegurança.

Isso gera preocupação em um ano eleitoral, pois Milei busca reforçar sua posição relativamente fraca no Congresso, construindo pontes com aliados conservadores.

A suspeita de envolvimento de funcionários do governo federal, incluindo o próprio presidente, em supostas irregularidades na criação da $Libra, uma criptomoeda.

Uma das denúncias levanta, inclusive, a necessidade de realizar buscas nas sedes do poder Executivo, como a Casa de Governo e a residência presidencial em Olivos, nos arredores de Buenos Aires.

O porta-voz argentino esclareceu que o país sul-americano não é beneficiado por financiamento da OMS para a gestão da saúde, “esta medida não representa uma perda de fundos para o país.

O chefe de Estado argentino afirma que pretende "contribuir com a Presidência brasileira para o êxito da reunião”. Milei e Lula, até agora, não tiveram um encontro sequer e têm demonstrado divergências publicamente.

De acordo com a mídia, nas últimas duas semanas, Karina e Caputo expuseram nas redes sociais sua guerra interna, gerando um clima de tensão pelas consequências negativas que a disputa poderia ter para a administração argentina.

Lula abordou a tensão entre ele e o presidente argentino de extrema-direita, na véspera, ao ressaltar a importância de uma relação respeitosa entre os dois países.

O único país membro do bloco a não participar da cúpula será a Argentina. Javier Milei encontra-se no Brasil em um encontro da extrema-direita, ao lado de Jair Bolsonaro.

Logo que tomou posse no cargo, há mais de um ano, Milei chamou Lula de “comunista” e “corrupto”. Na sexta-feira, dobrou a ofensa ao chamar o líder brasileiro de “esquerdinha com ego inflado”, após criticá-lo por atuar na campanha eleitoral argentina em favor de Sérgio Massa, seu rival nas urnas.

Ao contrário do direitista recém-reeleito presidente da Índia, Narendra Modi, que aproveitou a oportunidade para tentar melhorar as relações com os dirigentes dos Estados Unidos, Joe Biden, e do Canadá, Justin Trudeau, o argentino permaneceu deslocado em seu discurso extremista.

O sindicato de trabalhadores que representa esses veículos afirma que a medida configura censura contra a mídia pública, que Milei prometeu acabar desde que assumiu o poder.

Presidente argentino chamou esposa de Pedro Sánchez de corrupta e abriu grave crise diplomática entre os dois países; ultradireitista se nega a pedir desculpas.