Síria

Os Estados Unidos realizaram ataques anteriores na Síria contra membros do Estado Islâmico, mas o desta quinta-feira seria a primeira operação conhecida em uma zona controlada por forças leais ao presidente sírio, Bashar al-Assad.

As autoridades sírias começaram a encontrar corpos na costa de Tartus na tarde de quinta-feira. O Ministério dos Transportes da Síria citou sobreviventes dizendo que o barco partiu da região de Minyeh, no norte do Líbano, na terça, com entre 120 e 150 pessoas a bordo, com destino à Europa.

A investida "falhou em atacar as forças ou equipamentos dos EUA ou da coalizão". "Três foguetes de 107mm atingiram a base. Um quarto foguete, junto com seus tubos, foi encontrado no ponto de lançamento, a aproximadamente cinco quilômetros de distância", lê-se no comunicado.

Conforme a ONG Observatório Nacional para os Direitos Humanos na Síria, que monitora a guerra no país desde 2011, três soldados norte-americanos ficaram levemente feridos no ataque feitos pelos grupos armados pró-Irã contra bases militares próximas à fronteira com o Iraque.

Segundo o porta-voz do Comando Central dos Estados Unidos (Centcom), coronel Joe Buccino, as ações militares tiveram como alvos os grupos que são ligados ao Corpo das Guardas Revolucionárias Islâmicas do Irã e as "infraestruturas utilizadas" por eles.

As facções no conflito de 11 anos na Síria dividiram o norte em uma colcha de retalhos de zonas de controle. Al-Bab fica dentro das áreas da província de Aleppo controladas por rebeldes apoiados pela Turquia, mas outras partes são mantidas por tropas do governo sírio apoiadas pela Rússia.

A base se encontra junto a uma rodovia que é um elo vital para as forças apoiadas pelo Irã e que se estende de Teerã até o Líbano. De acordo com informação, nenhum grupo assumiu a responsabilidade do ataque até o momento.

O anúncio também ocorre no momento em que o presidente da Rússia, Vladimir Putin, foi ao Irã para debater a longa guerra síria com os líderes da Turquia e de Teerã. Além da Rússia e da Síria, apenas a Coreia do Norte reconheceu as duas áreas na Ucrânia como "nações independentes".

O encontro deve abordar especialmente da crise econômica na Síria, já que Irã e Rússia são aliados do presidente sírio, Bashar al-Assad. Após 12 anos ininterruptos de guerra, o país enfrenta a fome, a ausência de recursos e um êxodo massivo de seus habitantes. 

Além dele, um de seus aliados também foi atingido durante a operação ocorrida no distrito de Afrin, em Jindires, na província de Aleppo, norte do país. No entanto, o homem sobreviveu, mas ficou "muito ferido".

Número representa cerca de 1,5% da população do país e equivale a uma média de 83 óbitos de civis todos os dias, entre eles, 18 crianças. Cifra não inclui mortos devido à falta de alimentos, água e cuidados de saúde.

Ainda em seu discurso, Francisco lembrou que, "em mais de uma ocasião, encontrei e senti os relatos de alguns jovens sírios que vieram aqui, e que me atingiram com o drama que traziam dentro de si, por tudo que viveram e viram, mas também com o seu olhar, quase sem esperança, incapazes de sonhar com um futuro para sua terra".

A Síria está envolvida em uma guerra civil desde 2011, com as forças do presidente sírio Bashar Assad lutando contra diferentes grupos insurgentes, incluindo Daesh e Frente al-Nusra (ambas organizações terroristas proibidas na Rússia em em diversos países).

Um dado que mostra a amplitude e a gravidade desses 11 anos de guerra na Síria é que 60% da população do país passa fome de maneira constante, alertou a ONG Oxfam. A maior parte dos alimentos, que dobrou de preço no último ano, vem da Rússia.

De acordo com o veículo, um número "relativamente pequeno, mas crescente", de ex-soldados e espiões afegãos estava se juntando às fileiras do Estado Islâmico (organização terrorista proibida na Rússia e em vários outros países) para lutar contra os talebãs.

Equipes de resgate sírias disseram que ao menos 13 pessoas, incluindo seis crianças e quatro mulheres, foram mortas por confrontos e explosões que eclodiram após o início da operação, visando uma casa na área de Atmeh, perto da fronteira turca.

De acordo com a declaração oficial de Damasco, as ações das milícias curdas que se autodenominam Forças Democráticas da Síria (FDS) e da Força Aérea dos EUA levaram à destruição de infraestruturas na província de Al-Hasakah.

Desde a saída dos EUA, em 2018, Teerã tem desrespeitado regras sobre enriquecimento de urânio, alegando que voltou a ser alvo de sanções norte-americanas. Agora, com Joe Biden, Washington pode reintegrar o pacto, que conta ainda com os membros do Conselho da Segurança da ONU e a Alemanha. 

Militares dos EUA sequestraram vários civis na Síria no decurso de uma "grande operação" realizada na manhã desta segunda-feira na província de Deir ez-Zor, no leste do país, informou a agência estatal de notícias SANA citando fontes locais.

Os veículos de guerra dos EUA estavam divididos em dois grupos: um com 60 e outro com 40. O incidente aconteceu uma semana depois da SANA noticiar a chegada de mais de 100 veículos militares norte-americanos com "material logístico" vindos do Iraque em direção à região de Al-Hasakah.