Tribunal da Espanha cancela declaração de independência da Catalunha

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Publicado Terça, 31 de Outubro de 2017 às 08:42, por: CdB

Horas depois de o Parlamento da Catalunha ter aprovado uma declaração unilateral de independência na semana passada

Por Redação, com Reuters - de Madri:

O Tribunal Constitucional da Espanha cancelou a declaração de independência da Catalunha, feita pelo Parlamento regional na última sexta, afirmou uma porta-voz da corte nesta terça-feira.

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O Tribunal Constitucional da Espanha cancelou a declaração de independência da Catalunha

Horas depois de o Parlamento da Catalunha ter aprovado uma declaração unilateral de independência na semana passada; o governo central de Madri dissolveu o Parlamento, destituiu o governo da região e convocou eleições para o dia 21 de dezembro.

Processo contra parlamentares

A Suprema Corte da Espanha começou a processar acusações de rebelião apresentadas contra a presidente do Parlamento da Catalunha; Carme Forcadell, e contra outros parlamentares da região, informou um porta-voz da corte nesta terça-feira.

O procurador-geral da Espanha pediu, na segunda-feira, que acusações de rebelião e insubordinação fossem apresentadas contra líderes da Catalunha devido a sua tentativa de separar a região do restante da Espanha.

Apoio à independência da Catalunha

O apoio à criação de um Estado independente da Catalunha subiu para o índice mais alto em quase três anos em outubro; de acordo com pesquisa oficial da região publicada nesta terça-feira.

Segundo o levantamento do Centre d‘Estudis d‘Opinio, 48,7 %  dos catalães acreditam que a região espanhola deve ser independente do restante do país; ante 41,1 por cento em junho; o que representa o índice mais alto desde dezembro de 2014.

A pesquisa foi baseada em 1.338 entrevistas feitas entre os dias 16 e 29 de outubro.

O governo espanhol tem dito que o líder catalão é bem-vindo para participar da eleição de dezembro; convocada pelo primeiro-ministro, Mariano Rajoy, como forma de resolver o impasse.

A crise política, a mais grave do país nas quatro décadas passadas desde o retorno da democracia no final dos anos 1970; foi desencadeada por um referendo de independência na Catalunha realizado em 1º de outubro.

Embora ele tenha sido declarado ilegal pelos tribunais espanhóis e menos da metade dos eleitores catalães tenha ido às urnas; o governo regional pró-secessão disse que a votação lhe deu um mandato para decretar a independência.

Algumas nações europeias, como Reino Unido, Alemanha e França, apoiaram Rajoy e rejeitaram um Estado catalão independente. Mas outras pediram diálogo entre os lados opostos.

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