Valcke nega ter recebido 'vantagens indevidas' de executivo do Catar

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Publicado Sexta, 13 de Outubro de 2017 às 10:48, por: CdB

O Escritório do Procurador-Geral da Suíça disse suspeitar que Valcke aceitou “vantagens indevidas” de Al-Khelaifi relacionadas à concessão de direitos de transmissão de televisão para as Copas do Mundo de 2026 e 2030

Por Redação, com Reuters - de Zurique:

O ex-secretário-geral da Fifa Jérôme Valcke negou ter recebido “vantagens indevidas” de Nasser Al-Khelaifi, diretor-executivo do grupo beIN Media do Catar e presidente do time francês Paris St Germain, depois que procuradores suíços iniciaram uma investigação criminal.

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O ex-secretário-geral da Fifa Jérôme Valcke

Na quinta-feira o Escritório do Procurador-Geral da Suíça disse suspeitar que Valcke aceitou “vantagens indevidas” de Al-Khelaifi relacionadas à concessão de direitos de transmissão de televisão para as Copas do Mundo de 2026 e 2030. “Só quero dizer que não é verdade. Nunca fiz isso. Nunca recebi nada em troca de nada”, afirmou Valcke ao diário esportivo francês L’Équipe nesta sexta-feira.

– Refuto as acusações contra mim ou Nasser. Nunca recebi nada de Nasser, posso garantir a vocês. Jamais houve nenhuma troca entre Nasser e eu. Nunca.

Valcke era o braço direito de Joseph Blatter quando este presidia a Fifa.

Também na quinta-feira a BeIN Media negou qualquer irregularidade e disse estar cooperando com as autoridades.

Nuzman renuncia

Carlos Arthur Nuzman renunciou à presidência do Comitê Olímpico do Brasil (COB), órgão que ele comandava há 22 anos, e será substituído pelo vice Paulo Wanderley Teixeira, informou o COB na quarta-feira, uma semana após a prisão do dirigente.

Nuzman, que tinha mandato até 2020, está preso preventivamente acusado de intermediar a compra de votos para a cidade do Rio de Janeiro ganhar o direito de sediar os Jogos Olímpicos de 2016.

O anúncio da renúncia foi feito através de uma carta encaminhada pelo dirigente à Assembleia Geral Extraordinária do COB; que acontece na quarta-feira e que foi convocada para tratar do caso envolvendo a prisão de Nuzman.

O dirigente alegou que precisa de tempo para se defender da acusação de intermediar a compra de votos para a Rio 2016.

– Considerando-se, todavia, a necessidade de dedicar-me, integralmente, ao pleno exercício do meu direito de defesa; renuncio de modo irrefutável e irretratável ao cargo de presidente do Comitê Olímpico Brasileiro bem como ao de membro honorário de sua Assembleia Geral – diz a carta assinada por Nuzman.

No fim de semana, o COB já tinha divulgado um pedido de afastamento temporário de Nuzman da presidência da entidade e do Comitê Organizador dos Jogos de 2016.

Nuzman foi preso temporariamente na última quinta-feira, em sua casa, no Rio de Janeiro; e na segunda-feira a prisão foi convertida em preventiva, equivalente a uma detenção por tempo indeterminado.

A defesa de Nuzman já protocolou na Justiça do Rio de Janeiro pedidos de habeas corpus do dirigente esportivo.

Em princípio, Nuzman será substituído pelo vice-presidente do COB, Paulo Wanderley Teixeira, que é ligado ao judô brasileiro.

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