Rio de Janeiro, 14 de Dezembro de 2025

Vice-presidente do Equador é preso em investigação de propinas

O vice-presidente do Equador, Jorge Glas, foi preso no dia anterior após um juiz decretar sua prisão preventiva, em um marco das investigações no país

Terça, 03 de Outubro de 2017 às 06:48, por: CdB

Glas foi responsável pelos setores estratégicos do país como ministro e vice-presidente pelos últimos sete anos, e foi acusado de atos de corrupção

Por Redação, com Reuters - do Quito:

O vice-presidente do Equador, Jorge Glas, foi preso no dia anterior após um juiz decretar sua prisão preventiva, em um marco das investigações no país sobre a rede de propina a autoridades locais montada pela empreiteira brasileira Odebrecht.

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O vice-presidente do Equador, Jorge Glas

Glas, um engenheiro elétrico de 48 anos, estava em casa na cidade litorânea de Guayaquil quando foi emitida a ordem de prisão preventiva. A ministra da Justiça, Rosana Alvarado; confirmou à imprensa equatoriana que o vice-presidente seria levado para uma prisão de Quito para cumprir a determinação judicial.

Em um vídeo divulgado no Twitter, Glass disse que se entregaria à Justiça e que “acatava sob protesto” a ordem do juiz.

– Estou a poucos minutos de me entregar à Justiça, e, como sempre disse, os inocentes não tem por que fugir. Eu não o fiz, não irei fazê-lo – afirmou o vice-presidente; ao classificar o processo contra ele como inconstitucional e ilegal.

Glas era investigado pela Procuradoria por suspeita de ligação com o caso de propinas da Odebrecht; e estava proibido de sair do país, mas os procuradores encontraram novas provas que serviram como base para o pedido de prisão preventiva.

O juiz também determinou o bloqueio das contas de Glas e a proibição de negociar seus bens.

Corrupção

Glas foi responsável pelos setores estratégicos do país como ministro e vice-presidente pelos últimos sete anos; e foi acusado de atos de corrupção por ex-funcionários de alto escalão do governo do ex-presidente Rafael Correa.

Na semana passada, a procuradoria se juntou à acusação contra Glas; e outros funcionários vinculados à rede de subornos da Odebrecht, que afeta vários países da região.

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