Visita de Lula ao Nordeste reúne até apoiadores de Bolsonaro

Arquivado em:
Publicado Segunda, 16 de Agosto de 2021 às 14:44, por: CdB

Na véspera, Lula desembarcou no Recife para uma série de encontros de articulação política com dirigentes petistas, aliados e mesmo políticos da base do governo; além de movimentos populares. Ao longo desta semana o ex-presidente planeja visitar seis Estados nordestinos.

Por Redação, com BdF - de Recife
A agenda do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva por Estados do Nordeste brasileiro, nesta segunda-feira, estava tomada e já deixava antever a popularidade do líder petista, em contraste com seu adversário, o presidente Jair Bolsonaro (sem partido), que recentemente visitou a região e foi recebido por apenas alguns apoiadores.
lula-nordeste.jpg
Lula cumprimenta líderes de partidos aliados em Pernambuco, por onde inicia um giro pelo Nordeste
Na véspera, Lula desembarcou no Recife para uma série de encontros de articulação política com dirigentes petistas, aliados e mesmo políticos da base do governo; além de movimentos populares. Ao longo desta semana o ex-presidente planeja visitar seis Estados nordestinos. O petista chegou ao Recife pouco depois do meio-dia e foi recebido no aeroporto por militantes e dirigentes petistas, como o senador Humberto Costa, os deputados federais Carlos Veras e Marília Arraes, o deputado estadual Doriel Barros (que também é presidente do PT em Pernambuco), as deputadas estaduais Teresa Leitão e Dulcicleide Amorim, além da vice-presidente da Fundação Perseu Abramo, a pernambucana Vivian Farias.

Encontro

A agenda de Lula foi principalmente de discussões internas do PT, cerca de 40 pessoas, entre parlamentares, prefeitos e membros da direção do PT.  Além dos mencionados, estiveram presentes os prefeitos petistas Márcia Conrado (Serra Talhada), Luiz Aroldo (Águas Belas), João Bosco (Granito) e Álvaro Marques (Tacaimbó), os vereadores Liana Cirne (Recife), Jairo Britto (Recife), Osmar Ricardo (Recife), Flávia Hellen (Paulista), Vinícius Castello (Olinda), o ex-deputado Fernando Ferro e o ex-prefeito do Recife João da Costa. O encontro durou cerca de uma hora e meia e girou em torno da preparação do ambiente eleitoral de 2022. A palavra de ordem é “esquecer as rusgas do golpe de 2016”, em evidente sinalização para uma construção com o PSB, sigla mais forte no estado e cujos deputados votaram, em sua maioria, a favor do impeachment que resultou no golpe de Estado que depôs a presidenta Dilma Rousseff (PT). Agora, o objetivo prioritário é ganhar de volta a Presidência e, para ter o apoio formal do PSB, o PT não deve ter candidato ao Governo do Estado. Entre os presentes, nem todos ficaram satisfeitos. Há quem considere um erro tático abrir mão de uma candidatura majoritária em favor do PSB. — Localmente Lula não precisa do apoio do PSB para ter votos. Essa vinculação ao PSB pode até atrapalhar Lula aqui. A prioridade deles [PSB] é eleger os deles. Os nossos ficam nas beiradas do palanque — opina um parlamentar petista, que considera a aliança negativa mesmo para as chapas proporcionais.

Federação

Durante o ‘beija-mão’, antes da reunião com petistas, Lula recebeu o deputado federal Silvio Costa Filho (Republicanos), presidente estadual de seu partido (que também é o partido de Carlos Bolsonaro). Na Câmara, Costa Filho é base de apoio do governo Bolsonaro, assim como seu partido, que pertence à Igreja Universal. O deputado foi acompanhado de seu pai, o ex-deputado Silvio Costa, um dos defensores de Dilma durante o processo de 2016. Uma grande comitiva do PCdoB também se reuniu com Lula. A vice-governadora Luciana Santos, presidenta nacional dos comunistas, esteve acompanhada do deputado federal Renildo Calheiros, do ex-secretário de Cultura Marcelino Freire, a vereadora Cida Pedrosa, o ex-vice-prefeito Luciano Siqueira, a dirigente estudantil Flor Ribeiro e outros dirigentes. Entre as pautas, um pedido de apoio do PT na aprovação das coligações, cuja votação deve ocorrer nesta terça-feira, na Câmara Federal. A prioridade dos comunistas é aprovar a federação partidária, mas a coligação serve como “plano B”. O PCdoB corre risco de não conseguir superar a cláusula de barreira, que coloca para 2022 a necessidade dos partidos obterem no mínimo 2% dos votos para a Câmara Federal e elegerem ao menos 11 deputados. As siglas que não alcançarem esses números, perdem direito ao Fundo Partidário e à propaganda de TV e rádio. O ex-presidente desembarcou no Recife acompanhado da presidenta nacional do partido, a deputada federal Gleisi Hoffman (Paraná), o deputado federal José Guimarães (Ceará) e o ex-deputado Márcio Macedo, pré-candidato ao Governo de Sergipe.
Edição digital

 

Utilizamos cookies e outras tecnologias. Ao continuar navegando você concorda com nossa política de privacidade.

Concordo