O ex-meio-campista fez parte da chamada ‘Geração dourada’ da seleção chilena, pela qual foi campeão da Copa América em 2015.
Por Redação, com CartaCapital – de Santiago
Um tribunal de apelações ordenou, na quinta-feira, o retorno do ex-jogador chileno Jorge Valdivia à prisão, após ser acusado por duas mulheres de estupro, informou o Ministério Público do Chile.
– A liberdade do acusado revela-se perigosa para a segurança da sociedade – declarou à imprensa Pamela Valdéz, porta-voz do MP, ao fim da audiência que revogou a prisão domiciliar noturna de Valdivia.
O ex-jogador do Palmeiras, acusado de estupro e abuso sexual, foi preso preventivamente em 22 de outubro, logo depois de ter sido denunciado por uma mulher. No dia seguinte, outra vítima fez uma segunda denúncia.
No entanto, em 4 de novembro, um tribunal revogou a prisão preventiva para impor uma prisão domiciliar noturna e proibiu Valdivia de se aproximar da primeira denunciante.
Após a formalização da segunda acusação de estupro, o MP entrou com um recurso no Tribunal de Apelações de Santiago e o ex-jogador teve de retornar à prisão preventiva.
Valdivia fez parte da chamada “Geração dourada” da seleção chilena, pela qual foi campeão da Copa América em 2015. Em duas passagens pelo Palmeiras (2006-2008 e 2010-2015), conquistou o Campeonato Paulista (2008), a Copa do Brasil (2012 e 2015) e a Série B do Campeonato Brasileiro (2013).
STF decide manter prisão do ex-jogador Robinho
O Supremo Tribunal Federal (STF) finalizou o julgamento de dois habeas corpus do ex-jogador de futebol Robinho, decidindo pela manutenção da prisão. O placar final do julgamento, que foi realizado no plenário virtual da Corte, foi de nove votos a dois pela manutenção da prisão.
Além do relator do caso, ministro Luiz Fux, votaram contra a liberdade do ex-jogador os ministros Edson Fachin, Cristiano Zanin, Alexandre de Moraes, André Mendonça, Luís Roberto Barroso, Flávio Dino, Cármen Lúcia e Nunes Marques.
Já os ministros Gilmar Mendes e Dias Toffoli discordaram de Fux e votaram pela liberdade de Robinho.
A defesa de Robinho contestava o processo de validação da sentença estrangeira, Robinho foi condenado pela Justiça italiana a nove anos de prisão pelo crime de estupro -, mas Fux não considerou que houve violação das normas constitucionais brasileiras.
– Não se vislumbra violação, pelo Superior Tribunal de Justiça, de normas constitucionais, legais ou de tratados internacionais, a caracterizar coação ilegal ou violência contra a liberdade de locomoção do paciente, tampouco violação das regras de competência jurisdicional – afirmou Fux.
Cármen Lúcia, por sua vez, pontuou que “a impunidade pela prática desses crimes é mais que um descaso, é um incentivo permanente à continuidade desse estado de coisas de desumanidade e cinismo”.
Robinho foi preso no dia 21 de março deste ano, depois que a Justiça brasileira acolheu a decisão que o condenou, ao lado de outros homens, por estupro coletivo contra uma mulher albanesa em uma boate em Milão, em 2013.
No curso das investigações, a Justiça do país europeu teve acesso a várias ligações telefônicas entre Robinho e os demais condenados. Nas conversas, eles chegam a rir da situação, desdenhando da possibilidade de serem condenados.
Desde o início do ano, Robinho cumpre pena na Penitenciária II de Tremembé, no interior de São Paulo.