Rio de Janeiro, 14 de Dezembro de 2025

BAC apreende mais de 6,6 toneladas de droga no Rio

No Batalhão de Ações com Cães (BAC), da Polícia Militar, os animais estão lado a lado com policiais na repressão ao tráfico de drogas e de armas

Quinta, 21 de Setembro de 2017 às 11:25, por: CdB

O treinamento diário fez disparar o volume de entorpecentes recolhidos em 2017: foram 6.629,285 kg entre janeiro e julho deste ano. Em todo o ano de 2016, foram mais de 9 toneladas

Por Redação, com ACS - do Rio de Janeiro:

No Batalhão de Ações com Cães (BAC), da Polícia Militar, os animais estão lado a lado com policiais na repressão ao tráfico de drogas e de armas. O batalhão, que funciona em Olaria, na Zona Norte do Rio, conta com 219 PMs e 70 cães das raças pastor alemão e holandês, belga de malinois, rottweiler e labrador, que são preparados para farejar diversos tipos de drogas, armas e até pessoas. O treinamento diário fez disparar o volume de entorpecentes recolhidos em 2017: foram 6.629,285 kg entre janeiro e julho deste ano. Em todo o ano de 2016, foram mais de 9 toneladas.

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Treinamento diário fez disparar o volume de entorpecentes recolhidos em 2017

Segundo o primeiro-tenente do BAC, Felipe da Silva Rodrigues, com o faro muito mais apurado do que um ser humano, os cães são capazes de encontrar em operações o que os criminosos acreditam estar bem escondido.

– A diversidade de serviços em que o animal pode ser empregado aliada à preparação do homem que o está conduzindo resulta nos números que o BAC alcançou, retirando das ruas mais de 30 toneladas de drogas desde a sua criação, em 2011 – disse o policial, que destaca que a importância do trabalho dos cães no combate ao crime é a possibilidade de evitar o uso da violência.

Aptidão na escolha

A escolha dos animais que serão usados nas ações policiais começa desde cedo; quando os cães com maior aptidão para o serviço são identificados.

– Selecionamos os pais para que possam ter filhotes de qualidade – explicou o cabo Gabriel Chilico; que atua desde 2015 com o cão Heros nas operações.

Cães da Polícia Militar recebem treinamento diário

Após uma série de testes, o cão que tiver uma característica diferenciada dos outros é selecionado; e passa por um trabalho para aumentar seu poder de caça para farejar armas, drogas; explosivos, cadáveres ou ser preparado para unidades de intervenção tática.

A partir da escolha, os cães passam por diversas fases do treinamento; que vão desde atividades com brinquedos até simulações de farejamento. Os policiais colocam o animal em contato com todos os possíveis percalços que ele pode encontrar em missões externas. Ainda assim, os adestradores tentam dar ao treinamento uma ‘cara de diversão’; para que o cão não fique enfadado e renda o máximo possível.

De acordo com os PMs, para lidar com tantos cães, é preciso gostar muito dos animais e tratá-los com cuidado; para que permaneçam no trabalho de caça às drogas e armas sem perder a sociabilidade.

Novo lar

A carreira de um cão farejador dura oito anos ou até o animal atingir 10 anos de idade, nos casos dos cachorros que já chegam mais velhos ao BAC. Depois disso, os cães são aposentados do trabalho nas ruas; e ganham um novo lar ao serem adotados pelos adestradores; que os levam para casa, ou por algum outro funcionário do Batalhão de Ação com Cães.

– Essa união cão e policial é imbatível. No meu caso foi uma realização pessoal. Eles só agregam ao nosso trabalho – contou o sargento Rogério Andrade da Silva, que trabalha há 15 anos diretamente com os cães no BAC.

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