PF deflagra segunda fase da Operação Duas-Caras

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Publicado Quarta, 11 de Outubro de 2017 às 08:27, por: CdB

Segundo a polícia, a operação investiga saques em contas poupança de clientes com grandes saldos e que não apresentavam histórico de retiradas

Por Redação, com ABr - de Brasília:

A Polícia Federal deflagrou, nesta quarta-feira, a segunda fase da Operação Duas Caras, que apura fraudes contra a Caixa Econômica Federal. Ao todo, 25 policiais foram escalados para cumprir nove mandados judiciais: quatro de busca e apreensão, um de prisão preventiva, dois de prisão temporária e dois de condução coercitiva nas cidades paranaenses de Curitiba, São José dos Pinhais e Colombo.

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A Polícia Federal deflagrou, nesta quarta-feira, a segunda fase da Operação Duas Caras

Em nota, a PF informou que trata-se de um grupo especializado na prática de “diversos crimes" contra a Caixa". Após analisar materiais apreendidos na primeira fase da operação; os policiais identificaram novos fatos e novos suspeitos e, para dar sequência às investigações, fizeram representações junto à Justiça Federal.

Segundo a polícia, a operação investiga saques em contas poupança de clientes com grandes saldos e que não apresentavam histórico de retiradas. Os criminosos contavam com a ajuda de um funcionário do banco que identificava; e repassava a eles os dados desses clientes. O dinheiro era retirado dessas contas até que elas ficassem zeradas ou até que fossem descobertos.

Exploração ilegal

A Polícia Federal deflagrou, na semana passada, operação para desarticular associação criminosa suspeita de coordenar extração ilegal de madeiras nobres dentro de terra indígena no Pará, responsável por dano ambiental estimado em quase R4 900 milhões, informou a PF em comunicado.

Cerca de 40 policiais cumpriram 10 mandados de condução coercitiva, 11 de sequestro de bens e valores e 6 de busca e apreensão em oito cidades nos Estados do Pará, Santa Catarina e Paraná como parte da chamada operação Anhangá Arara.

A investigação, iniciada após relatório do Ibama apontar que a terra indígena Cachoeira Seca (PA); estava sendo alvo de madeireiras clandestinas; identificou grupo empresarial responsável por coordenar a extração da madeira nobre Ipê, de acordo com a PF.

Grupo

O grupo dava teor legal à madeira extraída ilegalmente fraudando créditos florestais; através da inserção de dados falsos no sistema que controla a comercialização e transporte de produtos florestais no Pará.

– Após isso, a madeira era transmitida entre empresas do grupo até ser exportada; por meio de portos de Belém e do Sul do Brasil – disse a PF em nota, acrescentando que o material era enviado para outros países na América, Europa e Ásia.

O esquema criminoso foi responsável por dano ambiental no valor de mais de R$ 574 milhões; pelas atividades realizadas na terra indígena Cachoeira Seca, somados a mais de R$ 322 milhões causados pela abertura de áreas de corte raso; totalizando mais de R$ 897 milhões em danos, segundo laudo pericial da PF.

O nome da operação, Anhangá Arara, faz referência à proteção da morada dos índios.

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