Carla Zambelli

Parecer do caso contra a deputada condenada pelo STF e presa na Itália será apresentado nesta terça-feira.

A deputada do PL está presa na Itália após fugir do Brasil para não cumprir uma condenação por invasão ao sistema do CNJ.

A parlamentar fugiu do Brasil em junho, após ser condenada a 10 anos de prisão por invadir o sistema eletrônico do Conselho Nacional de Justiça (CNJ).

Presa na Itália, a deputada do PL terá de pagar R$ 20 mil após promover publicações machistas que, no entendimento da Justiça, não são protegidas pela imunidade parlamentar.

A decisão foi tomada após quase três horas de audiência de custódia na Corte de Apelação de Roma, três dias depois da captura de Zambelli em um apartamento na capital italiana.

Por André Cintra - Deputada foi encontrada no apartamento onde estava morando, nos arredores do Vaticano, e não resistiu. A prisão contou com o apoio da Polícia Federal brasileira.

A Procuradoria-Geral da República (PGR), contudo, discorda do argumento de Zambelli e pediu ao Supremo Tribunal Federal (STF), nesta tarde, a prisão preventiva da parlamentar.

A deputada foi declarada inelegível pelo TRE de São Paulo e está prestes a ser condenada à prisão pelo STF.

O Supremo Tribunal Federal (STF) iniciou, nesta manhã, o julgamento da parlamentar, acusada também por porte ilegal de arma de fogo e constrangimento ilegal com uso de arma.

Irmão de Carla Zambelli, o deputado estadual de São Paulo Bruno Zambelli (PL) disse que a familiar fez um exame de Holter, para monitorar a pressão nos últimos dez dias. O procedimento mostra, ao longo do dia, como a pressão do paciente variou.

Após forte reação negativa por parte da sociedade, ela pediu desculpas a Benedita e disse que “confundiu os nomes”. Chica da Silva foi uma ex-escrava brasileira alforriada do século XVIII, conhecida por seu poder e influência na sociedade colonial de Minas Gerais que se tornou um símbolo da resistência negra no país.

Zambelli é acusada de porte ilegal de arma e constrangimento ilegal com emprego de arma de fogo. Um dia antes do segundo turno da eleição, a parlamentar perseguiu um apoiador do então candidato Luiz Inácio Lula da Silva (PT) com uma arma em punho em meio à região central da capital paulista.  

Em determinado momento, o parlamentar chamou Zambelli de terrorista e começou a troca de farpas, em Plenário. O deputado fluminense disse que terrorismo é andar “com revólver em punho”.

Em depoimento, Delgatti revelou que a deputada o teria contratado para que ele invadisse o sistema do Conselho Nacional de Justiça (CNJ).

Os documentos forjados incluíam um mandado de prisão falso contra o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes, com a frase "faz o L".

Moraes escreveu que os agentes da PF deveriam “verificar a existência de eventuais cômodos secretos ou salas reservadas em quaisquer dos endereços diligenciados”, assim como recolher registros de frequência aos endereços ligados à parlamentar. 

A parlamentar foi julgada por um vídeo, publicado em seu canal no YouTube antes da eleição geral do ano passado, em que ela diz ter notificado as autoridades competentes para investigar um vídeo segundo o qual as urnas eletrônicas estariam sendo “manipuladas”.

Coordenadora do MTST de São Paulo, Debora Lima explica que "aquelas cenas de destruição que vimos em Brasília nunca mais podem se repetir. E é por isso que não podemos esquecer; os golpistas e os seus financiadores têm que ser punidos".