Política

Na denúncia, que ganhou o noticiário há duas semanas, Do Val disse inicialmente que foi coagido pelo ex-presidente Bolsonaro e o ex-deputado Daniel Silveira (sem partido) a participar de um golpe de Estado. O plano era gravar o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes.

Em janeiro deste ano, o Ministério da Saúde decretou Emergência em Saúde Pública de Importância Nacional (Espin) na terra indígena por casos de desnutrição e outras doenças. Na representação, os parlamentares afirmam que Damares praticou quebra de decoro parlamentar.

Quem também reagiu à possível indicação de Salles para a comissão foi o delegado da Polícia Federal Alexandre Saraiva. Ele foi exonerado de um cargo de direção da entidade durante o governo Bolsonaro. A razão: combater garimpeiros e madeireiros ilegais na Amazônia.

O vídeo que o presidente publicou, nas redes sociais, traz imagens das câmeras de segurança do Palácio do Planalto durante os atos de destruição; dos estragos que ficaram e das primeiras ações de coleta de vestígios para investigação dos responsáveis e limpeza dos espaços.

Silveira foi preso no último dia 2, em Petrópolis (RJ), após o término do seu mandato parlamentar. A prisão foi determinada pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, em razão do descumprimento de medidas cautelares.

Nos primeiros dias desde a posse, o Alvorada passou por vistorias e varreduras, feitas pela Polícia Federal (PF), para garantir que não havia escutas no local. O esquadrão antibombas participou dos procedimentos de varredura. Posteriormente, alguns reparos tiveram de ser feitos tanto na estrutura do prédio.

O chefe do clã Bolsonaro, que se refugia nos Estados Unidos enquanto aumenta a lista de processos conta ele no Judiciário brasileiro, leva uma vida classificada de “bizarra” e “surreal” em Orlando, Flórida, segundo a revista norte-americana Time, uma das mais consagradas publicações dos EUA.

A defesa de Torres, exercida pelo advogado e ex-senador Demóstenes Torres, cassado em 2012, chegou a ironizar a chamada 'minuta do golpe’ — uma tentativa de impor a ditadura no país — e afirmou que, devido aos “erros de português”, teria sido escrita pelo deputado federal Tiririca (PL).

O senador Bob Menendez, presidente da Comissão de Relações Exteriores do Senado norte-americano, assina o documento no qual responsabiliza Bolsonaro por incitar, promover e apoiar os ataques às instituições democráticas brasileiras.

O principal obstáculo à vida política do ex-mandatário neofascista ergue-se no Tribunal Superior Eleitoral (TSE), sob a presidência do ministro Alexandre de Moraes, onde possivelmente será considerado inelegível para as próximas eleições. O depoimento do ex-ministro-chefe da Casa Civil Ciro Nogueira abre a nova fase do processo, na semana que vem.

A declaração de Do Val ocorre três semanas após a Polícia Federal (PF) localizar uma minuta de golpe de Estado na residência do ex-ministro da Justiça, Anderson Torres. O senador do Podemos confirmou ter sido acionado pelo ex-deputado do PTB para um encontro com o então presidente Bolsonaro em que teria sido discutido um plano para impedir a posse de Lula.

“Se as revelações de Marcos do Val forem comprovadas, Bolsonaro precisa responder e ser preso, assim como qualquer um que tenha cargo público e que questione o resultado das eleições e ataque a democracia”, iniciou a presidente do PT, deputada Gleisi Hoffmann (PR).

"Pacificação é estar do lado certo da História. Para isso, a polarização tóxica precisa ser definitivamente erradicada do nosso país. Acontecimentos como os ocorridos aqui, neste Congresso Nacional, e na Praça dos Três poderes em 8 de janeiro de 2023 não podem e não vão se repetir", disse Pacheco.

Em 2022, o partido, assim como outras forças de centro, ficou espremido entre o petismo e o bolsonarismo. Pela primeira vez desde a redemocratização, não teve candidatura presidencial própria. Também perdeu seu principal reduto político, o governo de São Paulo.

A dança das cadeiras, no Senado, atinge apenas um terço da Casa – 27 dos 81 senadores e, juntos, Câmara e Senado formam mais um ciclo legislativo com um parlamento conservador, com bancada empresarial cinco vezes maior do que a trabalhista, predominantemente branco e masculino.

Também foram ao STF o vice-presidente, Geraldo Alckmin (PSB), e o procurador-geral da República, Augusto Aras. O presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), não compareceu devido ao ato de posse dos deputados e deputadas federais, que ocorreu no mesmo horário.

Além dos aplausos, Erundina também foi cumprimentada tanto por parlamentares da bancada do PSOL na Câmara, quanto por opositores ao partido. Erundina foi eleita para seu sétimo mandato como deputada federal, tendo recebido mais de 113 mil votos pelo Estado de São Paulo.

"O papel do Parlamento é atuar na cassação dos deputados que estimularam a tentativa de golpe. Discordo de Arthur Lira quando ele minimizou a atuação desses parlamentares. Como essas pessoas que propõem golpe militar podem ficar no Parlamento, que é um dos pilares da democracia?", questiona Guilherme Boulos.

Segundo o ministro Paulo Teixeira, o MDA está em fase de "remontagem" e aponta para o combate à fome e à violência no campo como algumas das prioridades já colocadas no horizonte da pasta. Ele prevê para o início de fevereiro a entrega a Lula de um plano para os primeiros 100 dias de governo.

Às véspera do escrutínio, o cenário final põe Câmara dos Deputados e Senado Federal em lados opostos. Isso porque, até o momento, tudo indica que o atual comandante dos deputados, Arthur Lira (PP-AL), deve ser reeleito. O concorrente até o momento é Chico Alencar (RJ), que tem o apoio isolado do PSOL e é o único a se opor ao alagoano.