Selic

Em nota, o presidente da CNI, Ricardo Alban, afirmou que a continuidade de uma política monetária “excessivamente contracionista” é prejudicial ao país.

Há quatro semanas, o mercado trabalhava com a previsão de que 2025 terminaria com uma inflação ainda mais alta, de 4,95%. Para os anos subsequentes, as projeções são de 4,30% em 2026 e de 3,90% em 2027.

Esse período de fevereiro a julho é a maior sequência de alta desde o período de oito meses compreendido entre fevereiro e setembro de 2022.

Para os anos subsequentes, a previsão dos economistas é que a economia cresça 1,85%, em 2026; e 1,88% em 2027. O PIB brasileiro cresceu 0,4% no segundo trimestre de 2025, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia Estatística (IBGE).

Por Paulo Kliass - Toda as expectativas apresentadas pelo Presidente Lula quando da nomeação de Gabriel Galípolo para Presidência do BC parecem ter escorrido pelo ralo.

O levantamento, que capta a percepção do mercado financeiro para indicadores econômicos, mostrou que a expectativa agora é de que o Comitê de Política Monetária (Copom) do BC optará pela manutenção dos juros em cada uma das reuniões até o final do ano.

Segundo a análise, a decisão mais agressiva foi acompanhada por uma projeção futura indicando que o BC pretende interromper o ciclo de aperto monetário na próxima reunião.

Antes em 14,75% ao ano, a Selic já estava no maior nível desde agosto de 2006. Desde setembro do ano passado, a taxa foi elevada seis vezes seguidas.

Das 32 instituições ouvidas pela agência norte-americana de notícias Bloomberg, 31 esperavam alta de 0,5 ponto percentual.

A estimativa consta do ‘Boletim Focus’, pesquisa divulgada semanalmente pelo BC sobre os principais indicadores econômicos, geralmente às segundas-feiras.

Trata-se da quinta elevação consecutiva da Selic, que deverá voltar a subir na próxima reunião do Copom. Em linha com a edição mais recente do ‘Boletim Focus’, pesquisa semanal com analistas do mercado financeiro, a taxa básica passou de 13,25% para 14,25% ao ano.

A primeira posição passa a ser ocupada pelo Brasil, com juros reais de 9,18%. A Rússia aparece na sequência, com taxa de 8,91%. O atual patamar do Brasil reflete a alta em 1 ponto na Selic, a 13,25%, segundo decisão do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC), na quarta-feira.

A taxa básica precisaria subir 1 ponto percentual  nesta reunião, de 12,25% para 13,25% ao ano, para manter o combate aos preços altos e controlar os mecanismos inflacionários, o que de fato ocorreu.

A Selic está atualmente em 12,25% ao ano, após o BC acelerar o aperto no mês passado ao elevar a taxa de juros em 1 ponto percentual. A autarquia também sinalizou que realizará mais dois aumentos da mesma magnitude nas duas primeiras reuniões do ano.

A mais recente edição do ‘Boletim Focus’, pesquisa semanal realizada pelo BC com analistas de mercado, já apontava que a taxa básica subiria os 0,5 ponto percentual adotados nesta reunião, para 11,25% ao ano, com a previsão de encerrar 2024 em 11,75% ao ano.

Em meio ao aumento das desconfianças em relação ao risco fiscal, que fez, por exemplo, o dólar disparar nas últimas semanas, ainda há muitas dúvidas em relação aos próximos passos.

Para Leonardo Porto, economista-chefe do Citi para o Brasil, os juros não devem recuar para o patamar abaixo de 10% ao ano novamente tão cedo.

A sabatina de Galípolo no Senado Federal está marcada para esta terça-feira — dois dias depois da realização do primeiro turno das eleições municipais de 2024, em 6 de outubro.

Segundo os dados apurados, a Selic deverá subir para 11,25% em novembro, mês em que o Comitê de Política Monetária (Copom) da autarquia voltará a se reunir. Na semana passada, o mercado havia projetado que o índice ficaria em 11% – número que já era maior do que os 10,5% previstos há quatro semanas.

“A tendência de queda da inflação corrente está em curso. Assim, reforçamos nossa expectativa de que o IPCA de agosto, contribuirá para a manutenção da Selic em 10,50% em setembro”, avaliou a Ativa Investimentos, em nota emitida nesta manhã.