Sudão

A Organização das Nações Unidas (ONU) acredita que 100 mil refugiados fugirão do Sudão para o vizinho Chade. Há receios que o êxodo em massa vai piorar a crise humanitária.

Nesta sexta-feira, o Exército sudanês acusou as Forças de Apoio Rápido (RSF) de terem disparado contra um avião turco usado para evacuar a região, ferindo um dos tripulantes e danificando o depósito de combustível da aeronave.

Ao menos 512 pessoas foram mortas e 4.193 ficaram feridas nos 11 dias de combates, principalmente em Cartum e Darfur (oeste), informou o Ministério da Saúde.

O representante da OMS não forneceu detalhes a respeito do grupo, mas informou que a facção ordenou a expulsão de todos os técnicos do laboratório.

O paradeiro de Bashir foi questionado depois que um ex-ministro de seu governo, Ali Haroun, anunciou na terça-feira que ele havia deixado a prisão de Kober em Cartum com outras ex-autoridades.

A súbita violência entre os militares e o bem armado grupo paramilitar Forças de Apoio Rápido (RSF) em 15 de abril desencadeou uma crise humanitária e matou 427 pessoas, disseram agências da ONU.

Ao todo, segundo o Ministério da Defesa da Itália, serão embarcados cerca de 200 civis italianos residentes no Sudão, país africano que vive um conflito entre as Forças Armadas e paramilitares. O plano conta com aviões militares para a retirada a partir da capital Cartum, passando pelo Djibouti, pequeno país do Chifre da África.

Cartum e suas cidades irmãs Omdurman e Bahri, uma das áreas urbanas mais populosas da África, foram abaladas por batalhas nesta semana entre o Exército e as paramilitares Forças de Apoio Rápido (RSF).

Os confrontos iniciados no último sábado entre o Exército sudanês e o grupo paramilitar Forças de Apoio Rápido (FAR) ocorrem após semanas de tensões relacionadas à reforma das forças de segurança.

No início desta terça-feira, tiros ecoaram pela capital do Sudão acompanhados pelo som de aviões de guerra e explosões, disse um repórter da Reuters. Moradores das cidades vizinhas de Cartum, Omdurman e Bahri.

Programa Mundial de Alimentos suspendeu suas ações no país, onde 16 milhões de pessoas dependem de ajuda humanitária. Confrontos que eclodiram no último sábado entre Exército e grupo paramilitar já deixaram dezenas de mortos.

Ao menos 97 civis foram mortos e 365 feridos desde que os combates começaram na manhã de sábado, de acordo com um balanço.

Estou próximo do povo sudanês, já tão provado, e convido-o a rezar para que se deponham as armas e que o diálogo prevaleça, para que possamos retomar juntos o caminho da paz e da concórdia", declarou o Pontífice.

Em meio a processo para transição democrática depois de golpe de 2021, confrontos entre forças do governo e paramilitares deixam mais de 50 mortos e expõem racha entre líderes militares.

Capital do país foi palco de intensos confrontos entre paramilitares e tropas do governo, que também afetaram aeroporto internacional de Cartum.