Rio de Janeiro, 05 de Dezembro de 2025

Fux tenta levar recurso favorável a Bolsonaro para Segunda Turma

Ministro Luiz Fux busca transferir recurso de Jair Bolsonaro para a Segunda Turma do STF, após decisão do TSE que tornou o ex-presidente inelegível por oito anos.

Quarta, 22 de Outubro de 2025 às 20:12, por: CdB

Após a decisão do TSE, Bolsonaro apresentou um recurso ao STF, inicialmente sob relatoria do ministro Cristiano Zanin, que se declarou impedido de votar. Em maio de 2024, o ministro Fux foi sorteado como novo relator do caso.

Por Redação – de Brasília

Ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Luiz Fux tenta transferir para a Segunda Turma da Corte o processo em que o ex-mandatário neofascista Jair Bolsonaro (PL) tenta reverter a decisão que o tornou inelegível por oito anos. Em 2023, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) condenou Bolsonaro por abuso de poder político durante as eleições de 2022, por utilizar o Palácio da Alvorada em uma reunião com embaixadores para atacar, sem provas, o sistema eletrônico de votação.

Fux tenta levar recurso favorável a Bolsonaro para Segunda Turma | Luiz Fux votou para inocentar Bolsonaro e condenar o “mordomo” Mauro Cid
Luiz Fux votou para inocentar Bolsonaro e condenar o “mordomo” Mauro Cid

Após a decisão do TSE, Bolsonaro apresentou um recurso ao STF, inicialmente sob relatoria do ministro Cristiano Zanin, que se declarou impedido de votar. Em maio de 2024, o ministro Fux foi sorteado como novo relator do caso.

 

Golpistas

Na véspera, Fux pediu ao presidente do STF, ministro Edson Fachin, autorização para se mudar para a Segunda Turma, integrada pelos ministros André Mendonça, Nunes Marques — ambos indicados por Bolsonaro —; além de Gilmar Mendes, Dias Toffoli e o próprio Fachin. Atualmente, Fux integra a Primeira Turma, que reúne Cristiano Zanin, Flávio Dino — indicados pelo presidente Lula (PT) —, Alexandre de Moraes e Cármen Lúcia, mas o ambiente ficou insustentável após o voto do ministro em favor dos golpistas do 8 de Janeiro.

Em tese, Fux poderia levar consigo os processos dos quais é relator, mas no caso do recurso de Bolsonaro, o próprio STF informou que, em situações semelhantes, houve redistribuição dos processos aos ministros da turma original. Ainda assim, mesmo se Bolsonaro ganhasse a causa, em outra decisão de 2023, o TSE também o tornou inelegível por oito anos, sem contar a atual condenação em curso, que o conduzirá à cadeia.

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