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Ainda que não esteja determinado se Bolsonaro tem o poder de influenciar o futuro e os alvos de investigações da PF, é importante lembrar que, no dia 11 de outubro, o ministro do STF Alexandre de Moraes decidiu prorrogar por mais 90 dias o inquérito que apura a suposta tentativa de interferência política do presidente da República na PF.

Para o cientista político Alberto Carlos Almeida, “o problema não é o nome de Sérgio Moro, mas sim o papel eleitoral que ele cumpre, o de candidato ‘nem, nem’, de Terceira Via, que enfrenta um presidente da República sentado na cadeira de mandatário máximo e um ex-presidente que saiu do cargo bem avaliado depois de oito anos de mandato”.

Na véspera, Contarato anunciou a saída do partido Rede Sustentabilidade para se filiar ao PT. Delegado da Polícia Civil do Espírito Santo por quase 30 anos, o senador passou a ser um crítico de métodos adotados pela Operação Lava Jato. Em seu primeiro ano de Brasília, ele chegou a ‘bater boca’ com então ministro de Jair Bolsonaro, Sergio Moro.

O estudo percebe, ainda, que o ex-juiz Sergio Moro não apresentou crescimento substancial desde a última pesquisa, realizada em novembro deste ano, e permanece ainda distante de Lula e do atual presidente Jair Bolsonaro (PL). O ex-juiz suspeito varia de 10% a 11%. Na pesquisa anterior, aparecia com 8%, dentro da margem de erro.

"O Moro virou o queridinho da mídia. Obviamente, o único instrumento de discurso e de ação que o Moro tem é essa coisa do combate à corrupção, esse disco arranhado que ele fica falando o tempo inteiro, mas ele vai ter que explicar por que ele foi considerado um juiz parcial, por que ele foi considerado um juiz incompetente, por que ele armou um processo contra o presidente Lula", afirmou Hoffmann.

No pedido de 16 páginas, a procuradora Marcia Brandão Zollinger apontou a extinção da punibilidade do petista com relação aos crimes de corrupção e lavagem de dinheiro que lhe foram imputados – assim ele não poderá ser acusado dos mesmos novamente.

Em junho deste ano, o STF declarou que Moro foi parcial ao julgar Lula no processo do tríplex do Guarujá (SP). No dia 8 de março, o ministro Edson Fachin anulou todas as condenações de Lula sentenciadas por Moro na Justiça Federal do Paraná. Com a decisão, o petista voltou a ser elegível e apto a se candidatar a presidente em 2022.

Demitido por Bolsonaro em junho de 2019, após um período de ‘fritura’ no Palácio do Planalto, o general afirma que o mandatário descumpriu uma série de promessas de campanha, a começar por buscar a reeleição, passando por se juntar ao ‘Centrão’.

Abreu sonha com uma polarização entre seu candidato e o líder Luiz Inácio Lula da Silva (PT), mas sabe que para isso Moro precisaria, antes de tudo, ultrapassar Jair Bolsonaro (PL). Por isso, ela concentrou seus ataques ao ex-chefe do ex-juiz, que acusa Moro de traidor.

Haddad foi o precursor da aproximação entre o PT e o ex-governador paulista Geraldo Alckmin (de saída do PSDB). Em setembro, os dois reuniram-se e selaram um pacto eleitoral para o segundo turno nas eleições estaduais. Na ocasião, a candidatura de Alckmin ao governo era quase certa.

Segundo o pedetista, trata-se apenas de “uma mera fotografia do momento”. Em entrevista à agência russa de notícias Sputniknews, Ciro Gomes não poupa o presidente Jair Bolsonaro (PL), a quem chamou de “genocida” e “apologista da ditadura”, tampouco seu ex-aliado Luiz Inácio Lula da Silva (PT), chamando-o de “mentiroso e corrupto”.

O presidente Jair Bolsonaro (sem partido), por sua vez, caiu 3 pontos percentuais em relação ao último levantamento e soma agora 25% das intenções de voto para 2022. Em terceiro lugar, quem aparece desta vez é Sergio Moro (Podemos), com 11%.

Ciro Gomes, no entanto, não deixará de se mostrar um opositor de Lula, embora seu discurso agora se volte para o adversário paranaense. A campanha pedetista, no entanto, não é a única a ver Moro no caminho do presidenciável de centro-direita. Outros líderes partidários já identificaram o avanço da possível candidatura de Sergio Moro.

Ainda na entrevista Gomes também comentou o fato de o ex-presidente do Banco Central (BC) Affonso Celso Pastore ser o conselheiro de Moro sobre assuntos econômicos. Embora tenha elogiado o economista, classificando-o como uma "pessoa estimável e respeitável", Ciro lembrou que ele foi presidente do BC durante a ditadura militar.

Moro defendeu a Operação Lava Jato, mesmo após a decisão do Supremo Tribunal Federa (STF) de que houve parcialidade do magistrado no julgamento contra o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Acompanhado de seus advogados, o mandatário Jair Bolsonaro também afirmou que pediu a substituição do delegado Maurício Valeixo – pivô da última crise entre Moro e Bolsonaro no governo – “em razão da falta de interlocução” com o então diretor, no Rio de Janeiro.

A possível candidatura de Moro poderia embaralhar o cenário eleitoral para o Senado em SP e seria uma reviravolta para a própria terceira via. Uma campanha dele para o parlamento no estado poderia fortalecer Doria, caso o tucano seja escolhido pelo partido para disputar a Presidência.

Por Fabio Lau - Procuradores retiraram da cena política um candidato testado e aprovado pela maioria e colocaram um criminoso no poder. E, mais tarde, os processos que condenaram Lula e outros se mostraram fraudulentos ou ilegais.

O mandatário pleiteia, por meio da Advocacia-Geral da União (AGU), a realização da oitiva por escrito. Ele argumenta que esse formato foi adotado, por exemplo, pelo ex-presidente Michel Temer (MDB) em duas situações.

Segundo os conselheiros do mandatário, com base em conversas com colegas do Podemos, no Congresso, a candidatura de Moro “é para valer”. As chances de Moro chegar ao segundo turno no lugar de Bolsonaro, contra o líder petista Luiz Inácio Lula da Silva, no entanto, seriam mínimas.