Rio de Janeiro, 05 de Dezembro de 2025

Na posse de Lewandowski, presidente reitera combate ao crime

Ainda em seu discurso, Lula reafirmou que não cabe ao governo promover interferências na Polícia Federal (PF) ou nas políticas de segurança dos Estados.

Quinta, 01 de Fevereiro de 2024 às 17:14, por: CdB

Ainda em seu discurso, Lula reafirmou que não cabe ao governo promover interferências na Polícia Federal (PF) ou nas políticas de segurança dos Estados.


Por Redação - de Brasília

Ao se despedir do ministro da Justiça, Flávio Dino (PSB-MA), que agora ocupa uma cadeira no Senado antes de migrar, definitivamente, para o Supremo Tribunal Federal (STF), e assinar o termo de posse do novo ministro da pasta, Ricardo Lewandowski, o presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva (PT) ressaltou a necessidade de se combater, firmemente, o crime organizado no país. Lula argumentou que as facções criminosas têm tentáculos em todas as atividades sócio-econômicas, do futebol à política.

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O presidente Lula, ao lado de Lewandowski (E) e Dino, durante a solenidade de transmissão do cargo de ministro da Justiça


— O crime organizado não é uma coisa de uma favela, não é uma coisa de uma cidade, de um Estado — observou.

 

Multinacional


Segundo o presidente, o crime organizado “é uma indústria multinacional de fazer delitos internacionais”.

— E o crime organizado está em toda atividade desse país. Se a gente quiser pegar do futebol ao poder Judiciário, à classe política brasileira e à classe empresarial, o crime organizado está metido, e mancomunado com gente nos Estados Unidos, com o crime organizado da França, da Suécia, da Holanda. Ou seja, é uma multinacional com muito poder — destacou.

Em seguida, ainda em seu discurso, Lula reafirmou que não cabe ao governo promover interferências na Polícia Federal (PF) ou nas políticas de segurança dos Estados.

 

Confiança


— Ninguém persegue ninguém, a Polícia Federal não persegue ninguém, o governo federal não quer se intrometer a fazer a política de segurança nos estados. O que nós queremos é construir com os governadores dos estados as parcerias necessárias para que a gente possa ajudar a combater o crime — acentuou.

Aos presentes, Lula também teceu elogios ao novo ministro e a Flávio Dino.

— A única coisa que eu quero que você tenha certeza é de que eu estou indicando para ser ministro da Justiça no lugar do Flávio Dino um homem que eu respeito, que tenho 100% de confiança. Não é em qualquer momento histórico que uma nação tem o direito de entregar para a Suprema Corte uma pessoa da qualidade do Flávio Dino e não é em qualquer momento histórico que uma nação pode entregar para ser ministro da Justiça um homem da qualidade do Lewandowski — concluiu.

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