Negociações de paz com governo da Colômbia estão em crise, diz ELN

Arquivado em: América Latina, Destaque do Dia, Mundo, Últimas Notícias
Publicado quarta-feira, 21 de fevereiro de 2024 as 14:33, por: CdB

Os dois lados reiniciaram as negociações em 2022 como parte da tentativa do presidente Gustavo Petro de alcançar a “paz total” entre o governo e vários grupos armados, cujo conflito de seis décadas matou pelo menos 450 mil pessoas.

Por Redação, com Reuters – de Bogotá

As negociações de paz entre o governo da Colômbia e os rebeldes do Exército de Libertação Nacional (ELN) estão em crise, disse o grupo guerrilheiro, enquanto o governo acusou os rebeldes de arrastarem o processo.

As negociações de paz entre o governo da Colômbia e os rebeldes do Exército de Libertação Nacional (ELN) estão em crise

Os dois lados reiniciaram as negociações em 2022 como parte da tentativa do presidente Gustavo Petro de alcançar a “paz total” entre o governo e vários grupos armados, cujo conflito de seis décadas matou ao menos 450 mil pessoas.

O ELN disse que a participação do governo em discussões regionais com as comunidades da província de Nariño contrariava o acordo com o ELN de realizar um diálogo nacional com o apoio de órgãos como a Organização das Nações Unidas (ONU).

“Agora que essa farsa, disfarçada de diálogo regional, é pública, o processo entra em crise aberta e somos obrigados a chamar nossa delegação para consultas”, afirmou o ELN em uma declaração publicada em seu site na noite de terça-feira.

O ELN disse que os diálogos de paz, que estão entre ciclos de negociação, serão “congelados” até que o governo ajuste sua posição.

Equipe de negociação

O governo tem cumprido todos os seus compromissos, disse sua equipe de negociação em um comunicado, e está conversando com as comunidades locais a pedido delas.

“As decisões tomadas unilateralmente pelo ELN são de sua total responsabilidade e geram uma crise desnecessária que prolonga o confronto armado e a violência que as comunidades sofrem, além de enfraquecer a confiança da sociedade na vontade (dos rebeldes) de paz”, informou a delegação do governo em um comunicado nesta quarta-feira.

O ELN responderá com força a qualquer ruptura em um cessar-fogo recentemente estendido com o governo, disse o líder Antonio García à agência inglesa de notícias Reuters nesta semana.

O grupo, fundado em 1964 por padres católicos radicais, tem 5,8 mil membros, incluindo cerca de 3 mil combatentes, e concordou, após um ciclo anterior de conversas, em acabar com os sequestros para resgate.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *