Participantes do BBB4 fogem do estilo caipira

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Publicado sexta-feira, 9 de janeiro de 2004 as 00:44, por: CdB

Foram mais de 70 mil fitas de vídeo, incontáveis horas de entrevistas e muita deliberação. Tudo para evitar que, em sua quarta edição, o Big Brother Brasil tivesse um vencedor com o mesmo perfil dos outros campeões. O reality show da TV Globo, que estréia oficialmente na próxima terça-feira (dia 13), procurou investir em competidores que não tivessem o charme simples e a atitude ‘caipirona’ de Kleber Bambam, Rodrigo e Dhomini – vitoriosos, respectivamente, na primeira, segunda (ambas em 2002) e terceira (2003) edições do programa.

– O show só se torna diferente dos anteriores na medida em que as pessoas são outras. Evitamos repetir tipos parecidos com os já vistos nas outras edições. Por isso, acho que – mesmo que por acaso – a seleção de participantes acabou mais cosmopolita –  declarou Fernanda Scalzo, editora-chefe do Big Brother Brasil 4 e responsável pela equipe que escolheu os competidores.

Junto ao apresentador Pedro Bial, o diretor de núcleo Boninho e o diretor-geral Carlos Magalhães, Fernanda recebeu, em uma das instalações da Rede Globo no Jardim Botânico (RJ), a imprensa em uma entrevista coletiva no fim da tarde da última quinta-feira.
 
– Não seguimos uma fórmula para escolher ou eliminar candidatos. Nossa aposta dessa vez foi formar um time bem eclético –  contou Boninho.

Pedro Bial lembrou que muito do que torna o BBB4 atraente é sua imprevisibilidade.
 
– Este ano teremos dois sorteados do público, entre as pessoas que participaram da promoção ‘Quero ser um Big Brother’. Vai que justamente um dos sorteados seja mesmo um caipirão de verdade, com chapéu e tudo? – destacou, rindo, o apresentador.

Segundo Boninho, até a última semana mais de um milhão e meio de revistas já tinham sido vendidas.

Os outros dez participantes já aprovados para o BBB4 – a modelo Antonela, a promotora Marcela, o comerciante Christiano, as estudantes Tatiana e Juliana, o empresário Edílson, o publicitário Eduardo, o professor Marcelo, a enfermeira Maria e o jardineiro de cemitério Rogério – já estão trancafiados em um hotel (com endereço sigiloso) no Rio e de lá só saem para a casa onde será rodado o programa.

Na noite da última quinta-feira, mais duas pessoas foram escolhidas para entrar na casa. Por voto do público foram escolhidos a frentista Solange e o atleta Zulu.

Diplomático, Pedro Bial disse que lhe é impossível apontar um possível favorito.

– Estou sendo apresentado a eles agora, ao mesmo tempo que vocês – falou o apresentador.
Bial fez um comentário:

– A cada edição sempre nos surpreendemos com os rumos que a disputa toma. Na primeira vez, quem poderia achar que o Bambam seria o vencedor? Já na segunda versão, eu saquei de cara que o Rodrigo era favorito. Na última, o Dhomini inicialmente não tinha me convencido muito, mas mais ou menos na metade da competição já dava para ver que não tinha mais para ninguém – disse.

O diretor de núcleo Boninho frisou que o processo de escolha dos competidores deu chances iguais a todos.
 
– Desta vez, 100% dos escolhidos veio das fitas de vídeo. Todos responderam também a um questionário, cheio de ‘segredos’, para revelar seus perfis psicológicos. E por último houve uma entrevista, numa mesa-redonda com a equipe – que chamamos de ‘cadeira elétrica’ – falou o diretor, bem-humorado.

Essa ‘democracia’, garante Boninho, ignorou até mesmo o fato de uma das competidoras, a modelo Antonela Avellane (argentina radicada no Brasil) ter saído, há pouco na capa da revista ‘Playboy’.
 
– Ela já tinha enviado a fita e estava no meio do processo de seleção quando saiu a revista. Antonela entrou por ser um personagem interessante, não por estar na ‘Playboy’ – disse Boninho.