Astrônomos estudam comportamento de estrelas mortas na nossa galáxia

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Publicado sábado, 8 de outubro de 2022 as 15:48, por: CdB

Ao longo de cerca de 13,6 bilhões de anos de história da Via Láctea foram formadas bilhões de estrelas que evoluíram e morreram em explosões de supernovas. No estudo, os pesquisadores querem entendem onde estão escondidos os “corpos” destas estrelas.

Por Redação, com Sputniknews – de Londres

Astrônomos elaboraram o primeiro mapa da distribuição de estrelas mortas antigas em torno da nossa galáxia, a Via Láctea, tendo denominado de “submundo galáctico”. Descobriu-se que a forma deste cemitério estelar é radicalmente diferente do da própria galáxia.

Via Láctea,galáxia
Estudo mede a forma da Via Láctea e constata curvaturas em forma de ‘S’, nas bordas

Ao longo de cerca de 13,6 bilhões de anos de história da Via Láctea foram formadas bilhões de estrelas que evoluíram e morreram em explosões de supernovas. No estudo, os pesquisadores querem entendem onde estão escondidos os “corpos” destas estrelas.

Corpos antigos

As estrelas mais massivas morrem em explosões de supernovas titânicas, deixando para trás objetos compactos como estrelas de nêutrons e buracos negros. Aqueles que se formaram recentemente são fáceis de encontrar, mas os astrônomos descobriram os mais antigos, o que é muito mais difícil de rastrear.

— As mais antigas estrelas de nêutrons e buracos negros foram criados quando a galáxia era mais jovem e tinha uma forma diferente, (passando) depois por mudanças complexas que se estendem por bilhões de anos — disse o integrante da equipe de estudo Peter Tuthill, da Universidade de Sydney, Austrália.

A pesquisa foi publicada na revista científica Monthly Notices of the Royal Astronomical Society. Supernovas são assimétricas e a explosão desigual pode “chutar” os restos de uma estrela morta para fora do disco principal da Via Láctea.

Restos mortais

Os remanescentes menos antigos de estrelas não teriam ido muito longe no curto período de tempo desde a sua morte. Os mais antigos já desapareceram. Com base em cálculos, a equipe descobriu que 40% das estrelas de nêutrons são expelidas com tanta força para fora da galáxia que passam vagar pelo espaço intergaláctico, sozinhos. Os restos ainda continuam presos pela força gravitacional da Via Láctea, e os cientistas querem descobrir onde foram parar.

Sweeny e sua equipe elaboraram um mapa simulando suas localizações atuais com o uso de um modelo estatístico altamente detalhado que considera o nascimento, a morte e a ejeção dessas estrelas antigas, escreve portal Sky&Telescope.

Descobriu-se que, em vez de estarem localizados em um plano como a Via Láctea em forma de disco, eles provavelmente formam uma nuvem esférica que se estende até três vezes a altura do disco. Isso reflete a natureza completamente aleatória dos movimentos iniciais.

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