Diretor-geral observa que número de casos fora da China se multiplicou por 13, e o de países afetados triplicou em apenas duas semanas. Ele pede aos países para que ajam de forma urgente e enérgica contra o Sars-Cov-2.
Por Redação, com DW – de Londres
A disseminação da doença Covid-19, causada pelo novo coronavírus Sars-Cov-2, pode ser caracterizada como uma pandemia, afirmou nesta quarta-feira o diretor-geral da Organização Mundial da Saúde (OMS), Tedros Adhanom Ghebreyesus, em Genebra, na Suíça.
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O número de casos fora da China se multiplicou por 13 em duas semanas, e o de países afetados triplicou, afirmou o diretor-geral como justificativa para usar a expressão, que vinha evitando nas últimas semanas.
Pandemia é um termo usado para a disseminação de uma doença por vários países ou continentes. Segundo a OMS, já há mais de 118 mil casos de infecção com o vírus Sars-Cov-2 em 114 países, com 4.291 mortes oficiais. Para Ghebreyesus, o número de infecções, de mortes e de países atingidos deverá aumentar ainda mais.
Ele disse também estar muito preocupado com os “níveis alarmantes de disseminação e gravidade”, bem como com os “níveis alarmantes de inação” diante do vírus, indicando que a classificação como pandemia é um estímulo para que os países ajam.
A declaração não muda nada naquilo que os países já deveriam estar fazendo para combater de forma enérgica o avanço do vírus, acrescentou. “Todos os países ainda podem mudar o rumo dessa pandemia”, disse. Para isso, são necessários esforços para detectar os infectados, isolá-los e tratá-los e mobilizar as pessoas em resposta ao avanço do vírus, disse.
– Nós pedimos todos os dias ao países para que adotem medidas urgentes e enérgicas. Soamos o alarme alto e claro – reiterou. A OMS afirmou que o Irã e a Itália são as atuais frentes de combate, mas que novos países vão se unir a eles em breve.
Alemanha
Também nesta quarta-feira, a chanceler federal da Alemanha, Angela Merkel, se manifestou pela primeira vez sobre o avanço do novo coronavírus no país, afirmando que a disseminação do patógeno precisa ser contida e que é preciso união no combate ao surto. O país tem cerca de 1,3 mil infecções e duas mortes confirmadas.
– Nossa solidariedade, nossa razão e nossa compaixão mútua estão sendo colocadas à prova, e desejo que passemos nessa prova – disse Merkel em Berlim, ao lado do ministro da Saúde, Jens Spahn.