Cartel do petróleo mantém corte na produção e preço volta a subir

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Publicado quarta-feira, 3 de abril de 2024 as 19:31, por: CdB

Isso significa que cerca de 2 milhões de barris por dia de restrições à produção permanecerão em vigor até o final de junho. Os cortes por parte da Organização dos Países Exportadores de Petróleo e seus parceiros, junto com uma demanda por combustíveis resiliente, ajudaram a puxar a cotação do barril de Brent para US$ 89,87 em Londres nesta quarta, o nível mais elevado desde outubro.

Por Redação, com Bloomberg – de Bruxelas

O cartel do petróleo Opep+ decidiu manter seus cortes de produção da commodity durante o primeiro semestre, mesmo diante de um mercado apertado e alta de preços. O grupo, liderado pela Arábia Saudita, descartou mudanças de política em sua reunião de revisão nesta quarta-feira, segundo representantes que pediram para não ser identificados.

O preço do barril de petróleo tende a permanecer estável, se a Opep reduzir o fluxo da commodity, no mundo
O preço do barril de petróleo tende a subir, se a Opep voltar a reduzir o fluxo da commodity, no mundo

Isso significa que cerca de 2 milhões de barris por dia de restrições à produção permanecerão em vigor até o final de junho. Os cortes por parte da Organização dos Países Exportadores de Petróleo e seus parceiros, junto com uma demanda por combustíveis resiliente, ajudaram a puxar a cotação do barril de Brent para US$ 89,87 em Londres nesta quarta, o nível mais elevado desde outubro. O conflito no Oriente Médio também impulsiona os preços.

Ao manter as restrições em vigor, a Opep+ parece disposta a assergurar que o mercado global de petróleo permanecerá em um ligeiro déficit durante o segundo trimestre, segundo a Agência Internacional de Energia em Paris.

Política

O déficit poderá fazer com que a cotação do petróleo atinja US$ 100 o barril, alertou o JPMorgan (JPM). Isso pode complicar o trabalho dos grandes bancos centrais que pretendem flexibilizar a política monetária.

A Opep+, composta de 22 países, irá se reunir em sua sede em Viena no início de junho para decidir se continuará os cortes de oferta no segundo semestre. Enquanto alguns bancos como JPMorgan e Standard Chartered acreditam que o cartel pode restaurar parte de sua produção na segunda metade do ano, outros estão menos confiantes.

A AIE estima que, se a Opep+ aliviar os cortes, o mercado mundial de petróleo voltará a registar excedentes.

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