Crescimento da ultradireita, na Europa, deixa esquerda em alerta

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Publicado segunda-feira, 10 de junho de 2024 as 18:18, por: CdB

“O abraço desesperado da velha direita com a centro-esquerda da ordem no mundo pode ser opção tática contra a extrema-direita, mas é paliativo de curta duração. Olhem aí as eleições europeias. Ou fortalecemos na esquerda a linha anti-sistema ou é só esperar a tragédia anunciada”, disse Braga no X, ex-Twitter.

Por Redação – de Brasília

O deputado federal Glauber Braga (PSOL-RJ) usou as redes sociais, nesta segunda-feira, para pedir unidade à esquerda brasileira no sentido de barrar o avanço da extrema direita, no país. Segundo o parlamentar, a união entre a “velha direita com a centro-esquerda” é uma tática de curta duração, a exemplo do resultado das eleições na Europa.

Glauber Braga (PSOL)
O deputado Glauber Braga (PSOL-RJ) alerta para o risco do crescimento do neofascismo, no Brasil

“O abraço desesperado da velha direita com a centro-esquerda da ordem no mundo pode ser opção tática contra a extrema-direita, mas é paliativo de curta duração. Olhem aí as eleições europeias. Ou fortalecemos na esquerda a linha anti-sistema ou é só esperar a tragédia anunciada”, disse Braga no X, ex-Twitter.

 

Disputa

Braga refere-se aos milhões de europeus que participaram, nesta semana, de uma das maiores eleições democráticas do mundo, para escolher quem ocupará as cadeiras Parlamento Europeu, o poder legislativo do bloco de 27 membros. De acordo com especialistas, os resultados, que até agora indicam um avanço da extrema direita, apontam que haverá impactos no Brasil, especialmente em questões econômica e migratórias.

A União Europeia é o segundo maior parceiro comercial do Brasil, ficando atrás somente da China. Se políticas protecionistas ganharem força com o avanço da ultradireita, as exportações brasileiras “e os investimentos europeus no Brasil podem ser prejudicados”, resumiu Christopher Mendonça, doutor em Ciência Política, e professor de Relações Internacionais do Ibmec-BH.

— Os grupos conservadores são nacionalistas e protecionistas. Ou seja, vão se priorizar os laços de comércio entre os países da Europa — concluiu Mendonça.

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